Os revisores da CP terminam esta segunda-feira uma greve de uma semana ao trabalho extraordinário com a esperança de que sejam contratados em breve 88 trabalhadores, para verem cumprido o direito ao descanso e não terem de voltar à luta.
“Fazemos um balanço positivo desta greve, pois os trabalhadores aderiram em força e o Governo também deu sinais positivos. Aguardamos agora que sejam recrutados os trabalhadores necessários para que todos possam gozar os dias de descanso a que têm direito, sem serem chamados a desempenhar trabalho extraordinário”, disse o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), Luís Bravo, à agência Lusa. Esta paralisação, iniciada no dia 27 de agosto, abrange os revisores, trabalhadores de bilheteiras e as chefias diretas.
De acordo com Luís Bravo, na base do protesto está o incumprimento de um acordo estabelecido em setembro de 2017, entre o sindicato, a CP e o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, que prevê o reforço do material circulante e o recrutamento de 88 trabalhadores para a revisão e bilheteiras.
O presidente do SFRCI considerou que o Governo “já lhes está a dar razão, embora com um ano de atraso”, ao avançar com o reforço do material circulante, faltando agora o recrutamento.
“Aguardamos agora a contratação de trabalhadores para o serviço comercial dos comboios da CP. Mas, se tudo continuar na mesma, teremos de agravar as formas de luta, embora não seja isso que desejamos”, disse o sindicalista.