São cada vez mais as vozes no PSD a defender a recondução de Joana Marques Vidal. Pela primeira vez um membro da direção de Rui Rio, José Silvano, defendeu a continuidade da procuradora-geral da República (PGR), depois de o eurodeputado Paulo Rangel o ter feito umas horas antes. Numa breve visita à Universidade de Verão do PSD,  o secretário-geral do PSD diz que não vê “nenhum motivo” para que Marques Vidal “não seja reconduzida“, pois considera que a PGR fez “um trabalho meritório, que é neste momento consensualizado por toda a opinião pública e por todos”.

Para José Silvano, que destacou que esta é a sua posição pessoal e não a do partido, “quem normalmente faz bom trabalho e quem  tem o apoio das pessoas nesse trabalho tem de ser reconduzido”. Quanto à posição do PSD, o secretário-geral diz que “domingo podem saber melhor através do líder“. José Silvano afirma que “o líder tem dito e bem que não tem de se pronunciar antes da questão ser posta na mesa” e explica que, no entender de Rio, “esta é uma negociação que o Governo tem de indicar, o Presidente da República tem de concordar e, depois, se algum dos partidos for chamado a estas questões é que tem de se pronunciar”.

O secretário-geral comentou ainda a fraca prestação do PSD nas últimas sondagens, dizendo que “independentemente do resultado das sondagens”, a direção do PSD acredita que vai “ganhar as próximas eleições“. José Silvano nega ainda que seja necessária uma inflexão da estratégia de Rio, pois tem a “convicção que com esta estratégia vai ganhar eleições”, simplesmente “vai ter de a explicar, vai ter de chegar o tempo das pessoas a entenderem.”

Sobre o apelo de José Ribeiro e Castro para PSD e CDS unirem esforços, José Silvano defende que “o PSD tem de se afirmar sozinho, tem que conquistar o eleitorado no centro-esquerda, principalmente nos abstencionistas que vão votar de certeza absoluta num político diferente, como Rui Rio, não um político profissional”.

Durante o almoço com os alunos, José Silvano definiu-se como o “secretário-geral forreta”, mas garantiu que nunca iria faltar dinheiro para garantir a continuidade da Universidade de Verão. Revelou até que, na alteração estatutária que vai ser votada em Conselho Nacional, vai tentar que “fique consagrado nos estatutos do partido o objetivo de dar formação aos seus jovens.”

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