A percentagem de habitantes da Guiné-Bissau em pobreza extrema vai diminuir dos atuais 58% para 35% em 2050, indicam dados da Fundação Bill e Melinda Gates citados esta terça-feira pelo Wall Street Journal.

“A África subsaariana como um todo vai ser a casa de 86% das pessoas em situação de pobreza extrema em 2050, a não ser que algo seja feito, como educar mais mulheres e dar-lhes acesso a contracetivos”, lê-se no artigo do jornal norte-americano, que cita um relatório elaborado pela fundação liderada pelo antigo patrão da Microsoft, no qual se afirma que a percentagem, em 2017, era de 57%.

“Precisamos de investir em capital humano – saúde, nutrição, educação, produtividade da agricultura, acesso a ferramentas de saúde reprodutiva, para que a população jovem de África se torne um ativo e não um fardo para esses países”, disse Bill Gates na entrevista ao Wall Street Journal.

De acordo com os dados, apenas dois países – a Nigéria e a República Democrática do Congo – vão albergar 44% das pessoas que viverão em pobreza extrema em 2050 se a tendência continuar, o que compara com os 20% atualmente.

Entre os dez países com maiores percentagens de pobreza extrema, todos verão o valor reduzir-se nas próximas décadas, mas o crescimento demográfico faz com que apesar da percentagem ser menor, o valor absoluto pode, nalguns casos, ser maior, o que significa que haverá mais pessoas nesta situação do que atualmente.

O Banco Mundial, que esta semana vai lançar o seu próprio relatório sobre pobreza, define ‘pobreza extrema’ como pessoas a viver com menos de 1,90 dólares por dia.

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