A poucos dias da cimeira de tecnologia Web Summit, que decorre em Lisboa em novembro, a organização espera que esta seja “a maior e a melhor” edição de sempre, com novidades e mais de 70 mil participantes.

“Este ano, esperamos que seja a maior e a melhor Web Summit de todos os tempos. Estamos entusiasmados com a terceira edição em Lisboa e esperamos receber mais de 70 mil participantes de mais de 170 países”, indica a organização, numa resposta escrita enviada à agência Lusa.

Segundo dados facultados pela organização à Lusa, na edição deste ano, a terceira em Lisboa, haverá “três novos palcos” na Web Summit: o “DeepTech”, no qual estará em foco o impacto de tecnologias como a computação e a nanotecnologia na indústria e na vida quotidiana; o “UnBoxed”, onde críticos de tecnologia irão analisar produtos eletrónicos; e ainda a “CryptoConf”, que debaterá assuntos como as moedas digitais.

Ao todo, serão “25 diferentes conferências dentro de uma só cimeira para discutir realidades relacionadas com a tecnologia, em áreas como o ambiente, o desporto, a moda e a política”, aponta a Web Summit.

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Quanto aos oradores deste ano, destacam-se personalidades como o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair, a atriz Maisie Williams, o presidente executivo do eBay, Devin Wenig, o presidente executivo da Nestlé, Mark Schneider, o ‘designer’ de moda Alexander Wang e o presidente da Microsoft Corporation, Brad Smith, entre outros.

Dos oradores portugueses fazem parte o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o comissário europeu Carlos Moedas, o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

À semelhança das outras edições, nesta haverá eventos paralelos à cimeira, desde logo “duas grandes iniciativas” nos dias anteriores, de acordo com a organização.

Em causa está, assim, uma conferência sobre inovação corporativa, destinada apenas a convidados que trabalham na área da inovação de “algumas das maiores empresas do mundo”, como a Mozilla, a Allianz Technology, a General Motors, a P&G, a Vodafone, a Lamborghini, entre outras.

Já no fim de semana anterior à Web Summit decorre a iniciativa Surf Summit, na Ericeira, na qual empreendedores, investidores e oradores se juntam para dois dias de atividades ao ar livre.

Nos dias em que decorre a cimeira e após o horário das conferências, voltam as ações de convívio noturnas Night Summit, no LX Factory, e as festas de final de dia Sunset Summit, no Pavilhão Portugal.

Questionada sobre o número de bilhetes já vendidos, a organização escusou-se a apontar, realçando antes a aposta na iniciativa Women in Tech, que “continua a ser uma prioridade” e possibilitará bilhetes mais baratos a 10 mil mulheres empreendedoras, bem como no programa Inspire, destinado a estudantes dos 14 aos 26 anos, que terão bilhetes diários a cinco euros.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo Web Summit nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa, devendo permanecer na capital portuguesa até 2028.

No início de outubro foi divulgado o acordo para a Web Summit continuar em Portugal por mais 10 anos, mediante contrapartidas anuais de 11 milhões de euros e a expansão da Feira Internacional de Lisboa (FIL).

No ano passado, registaram-se cerca de 60 mil participantes de 170 países, dos quais 1.200 oradores, duas mil ‘startups’, 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.

A edição deste ano realiza-se entre os dias 05 e 08 de novembro.