O FC Porto venceu o Benfica, o Sporting bateu o Sp. Braga: dragões e leões são os finalistas da edição 2018/19 da Taça da Liga e vão disputar o troféu no próximo sábado no Municipal da cidade dos arcebispos. Se a equipa de Marcel Keizer procura a revalidação do título, depois de o ter conquistado na época passada pela mão de Jorge Jesus, o conjunto orientado por Sérgio Conceição vai em busca da primeira vitória na terceira competição interna – nesta que é a terceira final que discute, depois de ser finalista vencido em 2010 e 2013. Aliás, esta é ainda a única prova que Pinto da Costa nunca ganhou. O estatuto de campeão de inverno vai ser decidido em Braga mas ficará em Lisboa ou no Porto, nesta que é a primeira final decidida entre as duas equipas desde a Supertaça de 2008/09, que terminou com uma vitória leonina por 2-0 com um bis de Yannick Djaló.

Uma noite de arranques em que o carro nunca pegou (a crónica do Sp. Braga-Sporting)

Ainda que esta seja a primeira vez que FC Porto e Sporting se encontram na final da Taça da Liga, este será o sétimo (!) jogo entre dragões e leões desde 1 de outubro de 2017: depois desse jogo para o Campeonato, que terminou sem golos em Alvalade, voltaram a defrontar-se na meia-final da edição anterior da Taça da Liga (24 de janeiro), na primeira mão da meia-final da edição anterior da Taça de Portugal (7 de fevereiro), novamente para o Campeonato (2 de março), na segunda mão da meia-final da Taça (18 de abril), há duas semanas para o Campeonato (12 de janeiro) e agora no próximo sábado. Ainda que Marcel Keizer só seja uma figura existente em dois destes sete jogos, os jogadores mais influentes de ambas as equipas permanecem de um lado e de outro – Marega e Brahimi, Bruno Fernandes e Dost – e o elevado nível de competitividade entre os dois clubes obrigará, com toda a certeza, a uma concentração e a um critério acima da média para ultrapassar adversários que já conhecem (ou devem conhecer) as dinâmicas e as movimentações contrárias de trás para a frente.

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No jogo de há duas semanas em Alvalade, Sporting e FC Porto anularam-se mutuamente e Keizer surpreendeu Sérgio Conceição ao apresentar uma estratégia mais comedida e defensiva, com linhas mais recuadas e sem a vertigem que até aí tinha sido a imagem de marca do holandês. Nas duas partidas seguintes e na desta quarta-feira, contra o Sp. Braga, o Sporting esteve assim mesmo, num plano intermédio entre o futebol atacante a que o treinador não consegue resistir e uma solidez defensiva muito necessária para evitar os golos sofridos que deram derrotas em Tondela e em Guimarães. O FC Porto realizou uma boa exibição contra o Benfica apesar de agluns erros “anormais” e Conceição já delineou a conquista da Taça da Liga como um dos objetivos para a temporada, face à alta competitividade da Final Four: Maxi poderá voltar, Danilo também, Marega e Brahimi são sempre perigosos e Corona está num pico de forma inequívoco.

A terceira final para vingar Jesualdo e Pereira e o atar de um chouriço que começou em outubro

O vencedor da edição 2018/19 da Taça da Liga ficará decidido depois de um jogo entre duas equipas que se conhecem bem e que se encontraram sete vezes ao longo dos últimos 15 meses. Para o FC Porto, pode ser o segundo troféu de uma temporada que começou com o triunfo na Supertaça (embora relativo à temporada transata) e que cada vez mais coloca os dragões como candidatos ao bicampeonato; para o Sporting, pode ser a motivação necessária para uma segunda volta dura e onde ainda estão outras três competições em disputa. A história, essa, abona a favor dos leões: em oito finais decididas entre as duas equipas, de 1977 a 2009 e entre Taça de Portugal e Supertaça, o Sporting levou a melhor sobre o FC Porto em seis ocasiões.