Depois de uma longa ausência por lesão, Jorge Sousa, um dos melhores árbitros portugueses, regressou ao ativo, começou pela Segunda Liga e demorou pouco a voltar aos grandes palcos, fazendo o oitavo clássico da carreira. Um clássico que tentou sempre ao máximo “deixar andar”, sem a necessidade de interromper quase de minuto a minuto o encontro, mas que ainda antes da meia hora já tinha alguns lances a motivar muitos protestos, também aqui repartidos de forma igual entre as equipas (e sem razão).
No entanto, as dificuldades para o juiz da Associação de Futebol do Porto iriam aumentar no último quarto de hora, quando no seguimento de um agarrão ostensivo de Gabriel e Otávio os dois jogadores ficaram “pegados” e outros juntaram-se também à confusão que se tinha gerado. No final, Jorge Sousa deu amarelo aos dois médios pelas reações mas acabou por expulsar o jogador encarnado, ao exibir um outro cartão pela falta. Já as ações de Otávio e Brahimi não foram entendidas como suficientes para mais ações disciplinares, ficando assim o Benfica reduzido a dez unidades a 13 minutos do final.
Antes, ainda na primeira parte, já tinham chegado os golos. E os protestos, como não poderia deixar de ser. A começar pelo 1-0 de Adrián López: o espanhol teve um primeiro remate num livre direto que ficou na barreira, conseguiu marcar na tentativa seguinte que fez na insistência mas a posição de Pepe, que ainda se baixou no lance para não levar com a bola, foi avaliada pelo VAR, que mandou seguir. Aos 26′, o Benfica conseguiu empatar e mudaram apenas os intérpretes dos protestos: sobre o remate certeiro de João Félix na área não existem dúvidas, mas uma disputa de bola no início do lance entre Seferovic e Wilson Manafá, que terminou com o lateral no chão, levou a nova avaliação do VAR que mandou seguir a partida.
No início do jogo, os dois conjuntos já tinham ficado também cada um a reclamar grandes penalidades inexistentes. Aos 11 minutos, depois de uma falta mais dura de Rúben Dias sobre Marega, o FC Porto conseguiu fazer chegar a bola à área onde Herrera tentou colocar na zona central mas viu André Almeida cortar para canto – o mexicano ficou a pedir mão, o lateral direito foi explicando com gestos a Jorge Sousa que tinha batido no peito, Jorge Sousa esperou e mandou o jogo seguir. Apenas quatro minutos depois, mais protestos mas na área dos azuis e brancos: Pizzi conseguiu ganhae espaço para jogar 1×1 com Wilson Manafá, tentou a finta para dentro para puxar para o pé direito mas acabou por cair no chão. O médio pediu falta por estar a ser puxado, o lateral defendeu que tinha sido um agarrão mútuo e o VAR voltou a não dar indicações ao árbitro.