O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta segunda-feira que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) conta atualmente com mais nove mil profissionais, e defendeu que é necessário “oferecer melhores condições” para que seja competitivo face à concorrência.
“Temos mais nove mil profissionais”, disse o primeiro-ministro aos jornalistas à margem da inauguração do novo centro de saúde de Odivelas, no distrito de Lisboa, que representou um investimento de 1,4 milhões de euros, para servir 41.800 utentes.
O governante frisou que, no “ano passado, só nas unidades de saúde primárias, foram feitas 31 milhões de consultas, houve mais 589 mil do que tinha havido em 2015”.
“Mas não chega, como sabemos há pessoas que ainda estão à espera de consulta“, afirmou, apontando que “as necessidades são imensas e foram, entretanto, aumentando, porque se já faltava pessoal, há pessoal que, entretanto, foi atingindo a idade da reforma”, sendo necessário substituir mais.
Costa defendeu então a continuidade do investimento “não só em novas instalações, mas também em mais pessoas”.
Estamos a atender mais e estamos a atender melhor. Agora, que não chega, não chega, e por isso temos de continuar a fazer mais e a fazer melhor”, adiantou o primeiro-ministro.
“Para termos mais pessoas temos de oferecer melhores condições para que o Serviço Nacional de Saúde continue a ser competitivo na atração de profissionais, porque hoje temos uma grande concorrência, temos a concorrência de privados, temos a concorrência internacional, e, portanto, temos de ter essa capacidade”, considerou António Costa.
O chefe de Governo apontou que, “mesmo assim, as pessoas reivindicam mais, têm mais expectativas, e por outro lado também têm outras ofertas”.
“Nós temos de conseguir combinar de uma forma virtuosa estas diferentes necessidades para podermos continuar a fazer o que nos compete, que é continuar a melhorar o Serviço Nacional de Saúde”.
Questionado sobre um aumento do investimento no SNS até ao final da legislatura, António Costa respondeu que “está a ter e vai ter que continuar a ter”.
“Nós tivemos uma crise grande, como é sabido, houve grandes cortes no investimento em saúde, e estes 1.300 milhões é a recuperação de tudo o que se perdeu na legislatura anterior”, salientou.
Portugal vai “chegar ao final desta legislatura com o mesmo valor de investimento que tínhamos antes dos cortes”, frisou.