Pelo menos dezasseis paramilitares indianos foram mortos esta quarta-feira num ataque bombista no distrito de Gadchiroli, no estado de Maharashtra, no oeste da Índia, que foi atribuído a rebeldes maoistas, segundo a polícia indiana.
“Os maoistas atacaram uma equipa de comandos que estava a viajar num veículo particular para inspecionar o local de um atentado anterior. Pelo menos 16 homens morreram”, disse um oficial do quartel general da polícia no estado de Maharashtra.
“Outras equipas foram enviadas ao local para as operações de salvamento e de combate”, informou a fonte.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, rapidamente condenou o ataque através da rede social Twitter, assegurando que os seus autores “não serão poupados”.
A Índia está a realizar eleições legislativas e regionais em sete fases (entre abril e maio) e os ataques dos rebeldes maoistas, ativos em vários estados indianos, registam sempre um aumento em período eleitoral no país.
Os comandos realizaram recentemente uma série de ataques na selva do estado de Maharashtra contra os campos dos rebeldes maoistas, uma força de guerrilha ativa há cinquenta anos.
Nos dias 21 e 23 de abril, 39 maoístas foram mortos na floresta de Gadchiroli.
Durante o fim de semana passado, os rebeldes maoistas mataram dois polícias e feriram um aldeão em Chhattisgarh, segundo a Press Trust of India (PTI).
Na sexta-feira passada, pelo menos oito supostos rebeldes maoistas, incluindo seis mulheres, foram mortos durante um ataque das forças de segurança indianas.
Desde 1980, mais de 15.000 pessoas morreram neste conflito concentrado principalmente em áreas florestais de Chhattisgarh, Odisha, Bihar, Jharkhand e Maharashtra.