Lisboa caiu dois lugares no ranking mundial do custo de vida, sendo agora a 95ª cidade mais cara numa lista de 209 cidades elaborada pela consultora Mercer. Um dos maiores trambolhões foi registado pela capital angolana que caiu 20 lugares, passando de sexta cidade mais cara para o 26º lugar. O top continua a ser liderado por metrópoles asiáticas, com Hong Kong, Tóquio, Singapura e Seul a ocupar os primeiros quatro lugares. A hegemonia asiática só é quebrada por Zurique, a única cidade europeia que entra nos top 10 das capitais mais caras.
O ranking é elaborado a partir do custo de um cabaz que inclui bens, serviços e arrendamento de residência para expatriados. A Mercer divulga alguns dos preços que comparou para um grupo de 15 cidades onde está Lisboa. A capital portuguesa é das cidades analisadas nesta lista onde é mais barato, por exemplo, beber uma cerveja (a marca considerada foi a Heineken) — perde para a Pequim, Joanesburgo e Hong-Kong e S. Paulo. E uma refeição de fast-food só é mais barata em Moscovo, segundo os preços apresentados em euros numa tabela.
Zurique, a cidade mais cara na Europa, só ganha a Lisboa no preço da água mineral: um litro custa 0,66 euros, contra, 0,90 euros. A capital portuguesa surge como uma das mais caras para quem comprar umas calças de ganga para homem, só ultrapassada por Joanesburgo, fica a dúvida se os jeans para mulher teriam o mesmo resultado. E sem grande surpresa tem também a segunda gasolina mais cara, cujo preço só é ultrapassado em Hong-Kong.
No que toca ao arrendamento de um apartamento com dois quartos, Lisboa só tem quatro cidades mais baratas: S. Paulo, Vancouver (Canadá), Buenos Aires e Joanesburgo num grupo que inclui ainda as cidades de Pequim, Hong-Kong, Londres, Luanda, Moscovo, Nova Iorque, Singapura, Sydney, Tóquio e Zurique.