Frederico Varandas denunciou após o final da Supertaça, no domingo, que um dos diretores do clube tinha sido agredido “por 15 cobardes selvagens”. Ainda na mesma noite, o Observador noticiou que foi Miguel Albuquerque, diretor geral das modalidades, que explicou depois o que aconteceu.

“Fui cobardemente atacado por cerca de 15 adeptos do Benfica devidamente identificados com camisola desse clube”, começou por escrever o dirigente leonino no Facebook. Albuquerque relata que os adeptos o reconheceram e “avançaram em grupo desferindo vários murros na cabeça, socos e pontapés”.

O diretor fala em “ato cobarde” e “traição” e agradece as mensagens de apoio que tem recebido. Conclui ainda: “Não será com atos destes que me vão desviar de continuar a ajudar o Sporting Clube de Portugal diariamente a lutar pelos seus objetivos e a defender o clube!”.

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“Hoje um diretor do Sporting foi agredido aqui por 15 cobardes selvagens”, tinha denunciado o líder verde e branco na zona mista. De acordo com as informações recolhidas pelo Observador, Miguel Albuquerque foi agredido quando se deslocava para a sua viatura que estava na zona do parque VIP do Estádio Algarve. Recebeu assistência logo no local pelos ferimentos sofridos.

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“Estiveram aqui os presidentes dos clubes, o primeiro-ministro, o Presidente da República, o Secretário de Estado do Desporto e ainda o presidente da Federação. Que vejam o horrível do futebol. Um diretor do Sporting foi agredido por 15 cobardes e selvagens que não podem estar no desporto”, destacou Frederico Varandas antes de abandonar a zona mista, prosseguindo: “Isto é uma vergonha, há que ter coragem de banir estes selvagens todos”.

“O nosso treinador e o treinador do Sporting já deram uma resposta. As duas equipas souberam-se respeitar em campo e arbitragem também correspondeu. Foi um espetáculo digno. Agora compete a nós, aos dirigentes, à comunicação social e a todos os envolvidos neste espetáculo combater estes maus exemplos. Se for verdade [a agressão a Miguel Albuquerque] lamento muito”, comentou ainda na zona mista do Estádio Algarve Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica.

Frederico Varandas e as agressões a dirigentes do Sporting: “Não chega um pedido de desculpas envergonhado, quase em off”

Sobre o encontro, o presidente do Sporting admitiu a tristeza pelo resultado mas destacou que não está preocupado com o futuro do clube e “fugiu” às perguntas sobre uma possível saída de Bruno Fernandes durante a semana. “Sou adepto do Sporting desde que nasci, é um momento muito doloroso para os sportinguistas. A estrutura sabe o que está a fazer, sabe o que é futebol e que foi injusto o que aconteceu aqui hoje. Se estou triste? Estou. Se estou preocupado? Não”, disse.

“É uma noite dura para todos os sportinguistas. O que se passou aqui hoje é puro futebol. É um resultado extremamente enganador, que às vezes acontece. Temos de perceber que, muitas vezes, o futebol não é justo. Se repetirmos aquilo que aconteceu até aos 60 minutos, uma delas perde-se e as outras seis ganha-se. Por muito justo ou injusto que seja, nunca podemos perder o controlo emocional. Uma equipa profissional nunca pode perder o controlo emocional, seja em que circunstância for”, concluiu.

Uma dupla, um intervalo, um treinador. E uma lição (a crónica do Benfica-Sporting da Supertaça)