A Smart está numa fase de transição pois, estrategicamente, decidiu liquidar as suas versões animadas por motores a gasolina e a gasóleo. Isto numa fase em que a Daimler – empresa-mãe da Mercedes e da Smart – vendia 50% do capital aos chineses da Geely, os mesmos que já adquiriram cerca de 10% da Daimler. Contudo, a base do veículo continua a ser concebido pela Renault, que produz a versão quatro portas Forfour, o que faz do pequeno veículo um cocktail alemão-chinês-francês algo complexo.

A renovação estética é ligeira, sendo na mecânica que se deu a maior transformação. Anteriormente estavam disponíveis versões eléctricas, alimentadas a bateria, mas a maioria das vendas ainda recaíaa nos modelos equipados com motores a combustão. A novidade é que, agora, só há Smart eléctricos alimentados por bateria.

O motor continua a ser a unidade de 82 cv, similar à que a Renault usa no menos possante dos antigos Zoe, sendo por sua vez alimentado por uma bateria com apenas 17,6 kWh. Isto, segundo o fabricante, assegura uma autonomia no Fortwo de 147 a 159 km (e de 140 a 153 km no Forfour), mas este valor diz respeito à norma NEDC, que hoje já não se utiliza. Caso convertêssemos esta autonomia para a nova norma WLTP, mais realista, dificilmente ultrapassará os 100 km a 120 km, o que não é muito para os dias que correm.

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