A comunidade mundial ligada à conservação foi instada esta quarta-feira a adotar uma meta específica para proteger as áreas selvagens que restam no planeta, para evitar a perda em larga escala de espécies em risco.

O pedido decorreu de um estudo da Universidade de Queensland e da CSIRO, uma organização de investigação da Austrália, segundo o qual as áreas do mundo onde o impacto humano não existe ou é mínimo reduzem para metade o risco de extinção de espécies.

James Watson, diretor do Centro de Ciências da Biodiversidade e Conservação, da Universidade de Queensland, disse, citado num comunicado da instituição, que áreas vitais da vida selvagem não podem ser restauradas e que por isso são urgentes ações que garantam a proteção das áreas naturais.

“As áreas da vida selvagem diminuíram mais de três milhões de quilómetros quadrados, metade do tamanho da Austrália, desde os anos 90”, disse o responsável.

Moreno Di Marco, investigador da CSIRO, também citado no comunicado, explicou que as áreas naturais agem como um amortecedor contra os riscos de extinção, e que o risco de perda de espécies mais do que duplica nas comunidades biológicas fora dessas áreas.

Áreas identificadas como vitais incluem regiões da Austrália, Bolívia (na Amazónia), Canadá e República Centro-Africana.

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