Sete criadores participam este ano no Festival Internacional de Dança Contemporânea (FIDANC), que decorre em Évora, entre os dias 30 deste mês e 16 de novembro, com espetáculos, performances, vídeos dança e atividades educativas, foi esta segunda-feira divulgado.

O festival é promovido pela Companhia de Dança Contemporânea de Évora (CDCE) e tem como palco principal o centenário Teatro Garcia de Resende, com um programa variado que pretende dar a conhecer “diferentes identidades na dança contemporânea”.

“Criadores consagrados e emergentes apresentam em estreia na região as suas mais recentes criações e desenvolvem um contacto de proximidade com o público, através de um conjunto de atividades paralelas”, destacou a CDCE.

Desta forma, diferentes públicos vão poder ter “um contacto mais participado com os criadores”, frisou a organização, explicando que o FIDANC também estimula “o diálogo com as diferentes linguagens da dança contemporânea”.

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Do cartaz desta edição, o destaque vai para a “estreia em Portugal” do espetáculo “Normcore”, de Dinis Machado, numa coprodução da companhia sueca Barco, sediada em Estocolmo, e da CDCE, com apoios do Governo da Suécia e do Arts Council England.

Rafael Leitão, da Companhia de Dança Contemporânea de Évora, explicou esta segunda-feira à agência Lusa tratar-se de uma obra coreográfica dançada por “cinco bailarinos, dois deles suecos, da companhia Barco, de Dinis Machado, um português, da CDCE, e dois ingleses, que são convidados”.

“Esta é uma peça de grupo, com cinco bailarinos, sendo que alguns deles são portadores de deficiência motora”, acrescentou Rafael Leitão, referindo ainda que Dinis Machado é um dos coreógrafos convidados da CDCE, este ano.

O espetáculo, que estreia na abertura do FIDANC, no dia 30 deste mês, às 21:30, é apresentado, a 02 de novembro, em Lisboa, na Galeria Zé dos Bois (ZDB), e ruma depois a Inglaterra, onde vai estar entre os dias 12 e 16 do próximo mês, e à Suécia, em janeiro de 2020, indicou o responsável da CDCE.

“Documentário”, uma obra coreográfica de Joclecito Azevedo, interpretada por cinco bailarinos, é a proposta para a noite de 1 de novembro, enquanto, na noite seguinte, é a vez de a Companhia de Dança Contemporânea de Évora mostrar “em casa” a sua coreografia “Tristão e Isolda”, de Nélia Pinheiro.

Trata-se de uma criação de 2018 da CDCE que “é apresentada pela primeira vez em Évora, depois de já ter percorrido Portugal” e de ter sido interpretada em “vários países da Europa e na Tailândia”, disse à Lusa Rafael Leitão.

O criador Victor Hugo Pontes leva ao festival em Évora o espetáculo “Noturno”, para a infância e família, a 12 de novembro, e Andresa Soares apresenta duas criações: “3 Performances para Microfone”, no dia 13, e “Micro-Seres”, para a infância e contexto familiar, nos dias 14 e 15.

Amélia Bentes, com “Mnésimo” (dia 15), e Rafael Alvarez, com “No Intervalo de uma Onda” (da 16), são os outros coreógrafos participantes.

O programa de atividades paralelas do festival, com iniciativas descentralizadas pela cidade, inclui uma mostra de vídeos dança de criadores portugueses e estrangeiros na Escola Básica do 1.º Ciclo do Bairro de Almeirim (nos dias 05 e 14 de novembro), ‘workshops’, conversas com criadores e ações formativas e educativas.