As duas equipas com mais títulos em Portugal, as duas únicas equipas portuguesas a ganharem a principal prova europeia da modalidade, as duas únicas equipas com vitórias na Taça da Liga (a mais recente prova no calendário nacional de futsal). De forma quase inevitável, Sporting e Benfica venceram os respetivos compromissos e foram protagonistas de mais uma final, naquele que foi já o 109.º dérbi lisboeta desde dezembro de 2001 com um ligeiro ascendente para os leões com cinco triunfos a mais do que as águias (43-38). No entanto, e como cada duelo entre rivais tem um aliciante extra, o encontro desta noite em Matosinhos não poderia ser diferente.
Criada em 2016, a Taça da Liga começou com dois triunfos consecutivos do Sporting frente ao Fundão em 2016 (2-0) e 2017 (4-0), seguindo-se outras tantas vitórias seguidas do Benfica diante de Sporting em 2018 (5-2) e Sp. Braga/AAUM em 2019 (3-0). Assim, e numa temporada marcada de forma inevitável até ao momento pela queda na Ronda de Elite da Liga dos Campeões dos dois conjuntos, o vencedor passaria a ser o recordista isolado da competição depois da vitória da formação verde e branca na Supertaça no início da época. E como nos últimos dérbis, foram as próprias incidências que determinaram um encontro que ganhou vida própria.
No final, o Benfica acabou por ser mais forte do que o Sporting num jogo intenso que terminou com o triunfo dos encarnados por 5-4, naquela que foi a terceira vitória consecutiva na competição.
E bastaram 77 segundos de jogo para se perceber que este seria um dos dérbis mais eletrizantes dos últimos anos: logo aos 30 segundos, já com os jogadores de ânimos quentes, Guitta evitou o golo de Fernandinho isolado e, a seguir, Cardinal inaugurou o marcador com um autêntico míssil de pé esquerdo no seguimento de um esquema tático. Em desvantagem, o Benfica foi subindo linhas de pressão em busca de um empate que Guitta foi adiando, enquanto o Sporting aproveitava as oportunidades para criar perigo em situações de ataque rápido que iam sendo travadas por Roncaglio. O jogo estava bom mas faltavam os golos que chegariam quase seguidos.
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No seguimento de uma saída da baliza que criou superioridade numérica, Roncaglio conseguiu ganhar espaço na zona central perto da área leonina e fez o empate aos 15′, demorando menos de um minuto a passar de herói a vilão quando, após um erro a jogar com os pés num atraso, permitiu que Deo recolocasse os leões em vantagem. Ainda assim, e a poucos segundos do intervalo, os encarnados teriam ainda tempo para colocar justiça no marcador no final de 20 minutos em que ninguém merecia sair a perder, com Fernandinho a desviar de forma oportuna perto do poste da baliza de Guitta um remate de Robinho em zona central.
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O segundo tempo começou com as mesmas características mas ordem inversa na equipa que estava na frente: já depois de várias oportunidades junto das duas balizas, André Coelho colocou o Benfica pela primeira vez na frente a concluir uma saída rápida que começou com um grande lance de Chaguinha na defesa (32′) mas Guitta, numa jogada muito semelhante à que permitiu a Roncaglio marcar, voltou a empatar apenas 30 segundos depois. Percebia-se que quem voltasse à liderança teria mais de meio caminho andado para o triunfo final, algo que se confirmou mesmo com os golos de Chaguinha (37′) e Robinho (38′) a colocarem o resultado em 5-3 antes de Merlim, em situação de guarda-redes avançado, fazer o 5-4 (39′).
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