Roger Federer, um dos melhores tenistas mundiais deste século, respondeu às críticas de Greta Thunberg, dizendo que tem respeito pelo ativismo em prol do clima e que leva a sério as alterações climáticas. A ativista sueca acusou o tenista suíço de ser um dos principais embaixadores do banco Credit Suisse que, segundo a organização não-governamental 350.org Europe, é o principal parceiro de mais de 40 empresas que se destinam à produção de combustíveis fósseis. A entidade bancária contribuiu, desde 2016, com 57 mil milhões de euros para a procura de depósitos fósseis. Em resposta, o tenista anunciou que fará uma doação em prol das vítimas dos incêndios.

Roger Federer avançou que fará “um donativo pessoal” na próxima quarta-feira em Melbourne, onde irá disputar um encontro de exibição ao lado do espanhol Rafael Nadal ou da norte-americana Serena Williams, cujas receitas reverterão para o combate aos incêndios florestais que mataram pelo menos 28 pessoas, milhões de animais e destruíram milhares de casas desde setembro.

Se pudermos ajudar, é bom demonstrarmos a nossa solidariedade face a uma situação que se tornou tremenda no país”, afirmou o helvético durante um evento publicitário em Melbourne.

Esta não foi a primeira vez que o atual n.º3 do ranking ATP e campeão de 20 títulos do Grand Slam foi criticado, mas o post da ativista sueca na rede social Twitter tornou-se viral. Na verdade, Greta Thunberg limitou-se a republicar um tweet dos ativistas 350.org Europe onde é usada a  hashtag “#rogerwakeupnow” que, em português, significa “Roger, acorda agora”.

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Depois de ter sido alvo de críticas de alguns ativistas ambientais, o antigo número um mundial já havia manifestado a sua solidariedade para com as questões climáticas e os incêndios que assolam a Austrália.

Levo muito a sério as alterações climáticas e os problemas ambientais, especialmente numa altura em que aterro na Austrália e me deparo com os incêndios que têm afetado o país. Como pai de quatro crianças e defensor de uma educação universal, tenho muito respeito e admiração por jovens ativistas que incentivem a que os nossos comportamentos mudem e que possamos encontrar soluções melhores para o Mundo em que vivemos. Aceito o alerta quanto à minha responsabilidade enquanto indivíduo e estou disposto a utilizar a minha visibilidade para dialogar sobre esses assuntos importantes juntamente com os seus parceiros”, disse o tenista num comunicado enviado à agência Reuters.

Já o Credit Suisse afirmou estar a “procurar alinhar as suas carteiras de empréstimos com os objetivos do Acordo de Paris [combater as alterações climáticas] e anunciou recentemente, no contexto da sua estratégia climática global, que não investirá mais em centrais termoelétricas”, adiantou a BBC.