Até dezembro, num arranque de temporada atípico, Tiquinho Soares marcou apenas quatro golos em 15 jogos (nove como titular) entre Liga dos Campeões (apuramento), Campeonato, Liga Europa, Taça de Portugal e Taça da Liga. A partir daí, em 14 encontros (12 de início) nas mesmas provas menos a qualificação da Champions, já leva 12 golos. E nem mesmo o facto de ter ficado em branco frente a Sp. Braga e Gil Vicente, quebrando uma série de nove jogos consecutivos como titular sempre a marcar, desviaram o brasileiro de uma época em crescendo.

Corona mostrou a Sérgio que (pelo menos) no balneário não há ratos – a crónica do V. Setúbal-FC Porto

Com o terceiro golo do FC Porto, Tiquinho chegou aos 16 (12 nos últimos dois meses) igualou Zé Luís como melhor marcador dos azuis e brancos, naquele que foi o sétimo golo no Campeonato e num estádio onde já tinha marcado há quatro anos, na altura ainda ao serviço dos madeirenses do Nacional.

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Em paralelo, o avançado brasileiro chegou ao 61.º golo apontado pelo FC Porto desde que chegou ao Dragão em janeiro de 2017 (com uma estreia de sonho onde bisou no clássico frente ao Sporting) e igualou dois dos nomes históricos dos azuis e brancos nas últimas três décadas: Emil Kostadinov, búlgaro que chegou do CSKA Sófia em 1990 antes de sair quatro anos depois para o Deportivo da Corunha (então candidato à Liga espanhola), e Lucho González, médio argentino ex-River Plate que passou pelos portistas entre 2005 e 2009 e 2011 e 2013.

“Foi um jogo muito bem conseguido, que controlámos do início ao fim. Fomos mudando um ou outro pormenor no que foi a estratégia, percebendo que no último jogo esta equipa tinha jogado com três centrais. Tentei tirar referências na frente, pondo o Corona atrás do Tiquinho e o Otávio e o Luis Díaz mais móveis, criando algumas ocasiões de perigo. O resultado penso que acaba por demonstrar isso”, comentou no final Sérgio Conceição, falando ainda na importância da entrada do colombiano no onze em detrimento de Marega.

“Tínhamos preparado a equipa com um jogador do lado direto que ocupasse e percebesse que era importante ir para dentro, para do lado esquerdo manter o Luis Díaz mais aberto. É um jogador que chegou à Europa este ano, é muito capaz e forte no 1×1 e tentámos potenciar essas características. A intenção era essa, permitir ao Luis Díaz que tivesse situações de 1×1. Foi um jogo preparado em função da equipa do Vitória de Setúbal, que tem mostrado uma ótima imagem no Campeonato”, acrescentou o técnico na flash interview da SportTV.