“Arrasado e de coração partido”, escreveu no Twitter o xerife Alex Villanueva, referindo-se à conduta dos oito agentes envolvidos na divulgação e partilha de fotografias explícitas do acidente de helicóptero que vitimou a estrela americana, Kobe Bryant, a filha Gianna e mais sete pessoas. De acordo com o LA Times, Vanessa Bryant , a viúva de Kobe, ficou “absolutamente arrasada” pelas ações “​​deploráveis” dos responsáveis. “Partilhar fotografias do local do acidente, onde também se encontrava a filha de 13 anos do casal, é uma violação indescritível da decência humana, respeito e direitos à privacidade das vítimas e das suas famílias”, afirmou o advogado de Vanessa Bryant, Gary Robb, ”

Em causa está a divulgação das fotografias do local do acidente por um agente da polícia no resturante Baja Bar and Grill, na Califórnia. Villanueva contou que este comportamento levou a que soubesse da existência das fotografias. Ainda de acordo com o LA Times, em vez de seguir os procedimentos e abrir uma investigação formal, as autoridades pediram “silêncio” e ordenaram aos agentes da polícia que todas as fotografias do acidente fossem apagadas, garantindo que, se assim o fizessem, “não haveria consequências pela possível destruição de provas”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Perante esta acusação, Vanessa Bryant e a equipa de advogados solicitaram uma investigação interna ao departamento da polícia de Los Angeles. Nos Estados Unidos, partilhar fotografias de um local do acidente e das vítimas é um crime que pode levar à prisão perpétua. 

As autoridades não esclareceram, entretanto, quantas pessoas teriam tido acesso às imagens e se estas teriam sido divulgadas por uma fonte interna ou se a policia as teria recebido através de terceiros.

Kobe Bryant morreu aos 41 anos, a 26 de janeiro, num acidente de helicóptero que caiu numa área montanhosa da cidade Calabasas, na Califórnia. Outras oito pessoas também estavam a bordo. Sabe-se agora que, momentos depois da tragédia, o advogado Gary Robb tinha pedido por escrito à polícia de Los Angeles que o local do acidente fosse declarado como zona de exclusão aérea. A finalidade seria proteger a dignidade de todas as vítimas e familiares e, também, para que nenhum fotógrafo se pudesse aproveitar da situação.