O realizador Sérgio Graciano começa esta segunda-feira a rodagem do filme de ficção “Salgueiro Maia — O implicado”, sobre um dos capitães que protagonizaram a revolução de Abril de 1974, foi esta segunda-feira anunciado.

Apresentado como “o primeiro retrato, a projetar no grande ecrã, daquele que é considerado o herói e o símbolo mais puro do 25 de Abril de 1974”, o filme é encabeçado pelo ator Tomás Alves no papel de Salgueiro Maia. De acordo com a distribuidora Cinemundo, a rodagem decorrerá nas próximas sete semanas em Lisboa, Santarém, Pombal e Castelo de Vide. O filme, produzido pela Sky Dreams Entertainment, tem estreia marcada para 1 de outubro.

Através de uma abordagem moderna, intimista e emocional, ‘Salgueiro Maia – O Implicado’ retrata as histórias que ainda não foram contadas sobre o capitão de Abril”, lê-se na nota de imprensa.

O argumento é de João Lacerda de Matos a partir de uma biografia assinada por António de Sousa Duarte sobre o “capitão de Abril”. Além de Tomás Alves, o elenco do filme contará, entre outros, com Tiago Teotónio Pereira, Filipa Areosa e Gabriela Barros.

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Fernando Salgueiro Maia nasceu em Castelo de Vide, em 1944, fez campanhas militares em Moçambique e na Guiné-Bissau, tendo ascendido ao posto de capitão, em 1971. Como delegado da Arma de Cavalaria, integrou a Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas (MFA).

Em 25 de Abril de 1974, comandou a coluna militar que, partindo da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, ocupou a Praça do Comércio e cercou o Quartel do Carmo, em Lisboa, levando à rendição do então presidente do Conselho, Marcello Caetano, e à definitiva queda do Estado Novo. Morreu a 3 de abril de 1992, aos 47 anos.

“Salgueiro Maia – o Implicado” tem coprodução com a produtora colombiana 11:11 Films & Tv, apoio da RTP, Instituto do Cinema e audiovisual, Turismo de Portugal e câmara municipal de Lisboa. Sérgio Graciano trabalha sobretudo em televisão, tendo o nome associado, por exemplo, à série “Conta-me como foi”, às telenovelas “Laços de Sangue” e “Prisioneira”, e ao programa “Último a sair”.

Em 2020 estreou a primeira longa-metragem de ficção, “Assim Assim” (2010), à qual se sucederam “Uma vida À espera” (2016), “Perdidos” (2017) e “Linhas de sangue” (2018). Este ano, Sérgio Graciano deverá estrear ainda dois outros filmes, segundo informação no portal IMDB: “A impossibilidade de estar só” e “O som que desce na Terra”.