Um estudo de cientistas da University College London e da University of Reunion Island determinou através da análise do genoma de mais de 7 mil infetados pela Covid-19 que a pandemia terá começa entre 6 de outubro e 11 de dezembro do ano passado.

O estudo, que será publicado pela revista científica Infection, Genetics and Evolution, foi feito através  da análise do genoma do vírus recolhido em 7.666 infetados e identificou também 198 mutações do novo coronavírus, cientificamente conhecido como SARS-CoV-2. Estas mutações foram encontradas dentro dos mesmos países, o que atesta que terá havido uma alta transmissibilidade do vírus “numa fase muito incipiente da pandemia”.

“Devido à sua transmissão extensiva, a diversidade genética do vírus dentro de vários países replica uma grande parte da sua diversidade genética a nível mundial”, referem os autores do estudo. “Encontrámos regiões do SARS-CoV-2 que continuam na sua quase totalidade inalterados até à data e outros que já integraram alguma diversidade.”

Ao recuar até 6 de outubro como possível data para o primeiro contágio de SARS-CoV-2 num ser humano, este estudo é aquele que aponta para a data mais precoce entre aqueles que analisaram uma amostra desta dimensão. Já o South China Morning Post, jornal sediado em Hong Kong, publicou em março a informação de que, de acordo com um documento detido pelas autoridades chinesas, o primeiro contágio naquele país terá sido a 17 de novembro.

Já o Imperial College London, em colaboração com a Organização Mundial de Saúde, tinha avançado uma estimativa que apontava 5 de dezembro possível data do primeiro contágio em humanos.

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