Os sindicatos da Função Pública entendem que o teletrabalho no Estado passa necessariamente por maiores remunerações ou bónus na progressão da carreira, segundo o Jornal de Notícias.

De acordo com o JN, o Ministério da Modernização do Estado e da Administração pública quer iniciar uma discussão sobre como implementar e eventualmente concretizar o regime do teletrabalho, para “acautelar a privacidade dos trabalhadores, os horários de trabalho, a proteção do direito a desligar e o cumprimento de objetivos”.

No entanto, os parceiros sociais não querem ficar por aqui, porque o trabalho à distância implica “custos acrescidos para os trabalhadores” com energia, água e outros consumíveis. Um dos sindicalistas ouvidos pelo JN, José Abraão, secretário-geral da FESAP, diz que tem de haver contrapartida “que não podem ser apenas poupanças em transporte e refeições”. O sindicalista entende que “tem de haver compensações, sejam elas de natureza salarial ou em termos de progressão da carreira”.

O Governo tem como meta que fiquem em teletebalho até ao final da legislatura 25% de todos os trabalhadores que possam exercer funções a partir de casa. São sobretudo técnicos superiores e alguns assistentes técnicos.

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