A ministra da Saúde garante que a procura por consultas nos centros de saúde aumentou de forma considerável nas últimas semanas, tal como “a realização de consultas de telessaúde”.

Em entrevista à TSF, Marta Temido reiterou que foram adiadas dois milhões de consultas (1,1 milhões nos cuidados primários e 900 mil em hospitais) no período da pandemia, mas recorda que, anualmente, há um total de 53 milhões de consultas. “A questão é quantos destes atos eram absolutamente imprescindíveis para estes doentes”, sublinha Marta Temido.

Questionada ainda sobre o Orçamento do Estado para 2021, a ministra da Saúde reconheceu que pode ser “o mais difícil” na negociação de verbas entre ministros. Na entrevista à TSF, Marta Temido revelou que a preparação do Orçamento para o próximo ano e do programa de recuperação económica, que deverão ser apresentados em outubro, foi iniciada nas últimas horas.

A ministra promete um reforço dos cuidados de saúde primários, tirando partido do dinheiro europeu que vai chegar em 2021 para mitigar os efeitos da pandemia. E explica que essas unidades vão ter mais valências, nomeadamente na área do diagnóstico e nas visitas de médicos de família a doentes em lares.

Entre as prioridades está também a conclusão da rede de cuidados continuados, com a construção de mais de cinco mil unidades, a serem geridas por privados ou pelo setor social, em contratos com o Estado.

Em relação à futura vacina para a prevenir a Covid-19, Marta Temido disse à TSF que tem sido difícil a negociação a nível europeu para uma compra em bloco. E ainda não consegue dizer quanto custará ao Estado, se será incluída no plano nacional de vacinação ou se será gratuita.

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