A Liga de Clubes, que convocou na noite desta sexta-feira uma reunião de emergência com todos os clubes das divisões profissionais (que incluiu os responsáveis pelos departamentos médicos) para a manhã deste sábado, anunciou em comunicado as cinco conclusões do encontro deixando bem definido um ponto que esteve em discussão nos jogos Feirense-Desp. Chaves e Ac. Viseu-Académica, ambos da primeira ronda da Segunda Liga e que acabaram por ser adiados: “Um caso positivo não torna, por si só, obrigatório o isolamento coletivo”.

Dentro do reforço da “importância do cumprimento escrupuloso do Código de Conduta assumido e assinado por todos os agentes desportivos – Anexo 2 do Plano de Retoma Específico para o Futebol Profissional”, a Liga de Clubes destaca que, “tal como já foi prática no processo de retoma da Liga NOS 2019/20, é imperativo manter a aplicação plena do ponto 27 do decreto 036/2020 da DGS, também contemplado no ponto 10.2 do Plano de Retoma do Futebol Profissional, que pressupõe que ‘a identificação de um caso positivo não torna, por si só, obrigatório o isolamento coletivo, das equipas’, e cuja aplicação com sucesso na temporada passada, foi um fator decisivo para o término da competição”. E esse foi o ponto mais importante do encontro.

“É de extrema importância todas as Sociedades Desportivas manterem uma articulação próxima e regular com o Delegado de Saúde local da sua região”, destaca ainda o comunicado, acrescentando que, “sem prejuízo dos cenários epidemiológicos específicos de cada região, em cada momento”, se deve “garantir a existência de um critério de intervenção uniforme para a mesma tipologia de ocorrência”. “O Futebol Profissional adotou um processo de testagem que vai para lá da obrigatoriedade prevista e requerida pelo decreto 036/2020 da DGS, no propósito claro de reduzir o risco de contágio dentro do universo de cada clube, garantindo um controlo de identificação e redução da possibilidade de surtos dentro de cada plantel. Este modelo não pode ser penalizador para uma atividade que não pode parar, sob pena de se produzirem danos irreparáveis”, conclui.

Agora, estas conclusões serão discutidas na segunda-feira com o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, numa reunião marcada para as 15h “onde será reiterada a necessidade de implementação destas recomendações sob pena de serem colocadas em causa as competições profissionais futebol na época 2020/21”. Para mais tarde ficará um outro tema: a presença de espetadores nos estádios.

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