Para o poeta e crítico literário Pedro Mexia, o motivo para a vencedora do prémio Nobel da Literatura deste ano — Louise Glück — ser muito pouco conhecida em Portugal, onde não está sequer traduzida (exceto no caso de alguns poemas, em revistas literárias) e publicada, passa sobretudo pela pouca popularidade da poesia entre os leitores contemporâneos.

Louise Glück “é um nome totalmente consensual — se é que há algum nome consensual na literatura — no campo da poesia americana contemporânea e da poesia contemporânea em geral”, defendeu Mexia, em declarações à Rádio Observador, após o anúncio de entrega do Nobel da Literatura à poeta norte-americana. O problema é que “o meio da poesia não é o meio do romance”.

“O problema dos poetas é que há muitas décadas que não são figuras genericamente conhecidas. Se pensarmos, por exemplo, nos poetas que ganharam nas últimas décadas, exceção ao Bob Dylan, que é um caso à parte, e também do Seamus Heney que realmente era muito conhecido, os poetas mesmo quando são muito conhecidos são conhecidos no meio da poesia”.

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.