O atual Governo liderado por António Costa tem 70 elementos e é o Governo com mais membros, entre primeiro-ministro, ministros e secretários de Estado, desde 1976. Somando-se funcionários dos gabinetes, trabalham no executivo 1.236 pessoas — mais 208 do que no final de 2013, quando o primeiro-ministro era Pedro Passos Coelho, e mais 145 do que no final de 2016, quando o primeiro-ministro era já António Costa.
As contas são feitas pelo jornal Correio da Manhã, que analisou os dados da Direção-Geral da Administração e Emprego Público (DGAEP) e que dá assim conta do aumento de funcionários no Governo. Se do final de 2016 a junho de 2020 o aumento de funcionários nos gabinetes dos membros do Governo foi de 145 pessoas, houve também um aumento desde junho de 2019: num ano, entre novas entradas e saídas, passaram a trabalhar nos gabinetes mais 77 pessoas.
Só no gabinete do primeiro-ministro trabalham atualmente 45 pessoas, sendo a despesa com salários de 144 mil euros, de acordo com o Correio da Manhã. O diário dá conta, porém, de um funcionário do gabinete do ministério da Justiça que é o mais bem pago de todo o pessoal que integra os gabinetes do executivo. Trata-se do juiz conselheiro José Lopes da Mota, adjunto da ministra da Justiça Francisca Van Dunem desde 1 de junho deste ano, que o Correio da Manhã recorda ter sido “suspenso 30 dias de funções por pressões no caso Freeport, em 2009” e que aufere 7.629 euros por mês.
Este juiz conselheiro, que trabalha como adjunto de Van Dunam, ganhará inclusivamente mais do que o primeiro-ministro, que aufere 7.610 euros por mês entre vencimento base e despesas de representação, refere o CM.