“É a primeira das muitas renovações que pretendemos fazer. Fizemos questão de começar por ele, por ser o capitão e porque é um homem de H muito grande. Vive o FC Porto como muitos que aqui nasceram não conseguem chegar. No ano passado, fruto do grande trabalho do nosso Sérgio Conceição e dos jogadores, conseguimos a dobradinha e o Pepe foi um dos pilares do que foi sonhado por todos”. Quando anunciou o prolongamento do contrato do agora capitão e internacional até aos 40 anos, Pinto da Costa tinha deixado em aberto o anúncio nas semanas seguintes de mais renovações e a seguinte já foi anunciada: Sérgio Oliveira assinou um novo vínculo até 2025.

“É um orgulho imenso, um prestígio representar um clube desta dimensão. Sinto uma felicidade imensa por prolongar o meu vínculo com o FC Porto. Estou neste clube há 19 anos e estendi por mais alguns. É um motivo de grande orgulho para mim. A carreira de um futebolista nem sempre é fácil. Haverá momentos altos e momentos baixos mas o mais importante é nunca baixar os braços, dar sempre o melhor todos os dias, em todos os momentos, dentro e fora de campo, e ter um sentido de responsabilidade por envergar a camisola de um clube mundialmente conhecido, com muitos títulos. O sonho só se consegue com trabalho”, comentou o médio aos canais oficiais do clube após o anúncio feito na manhã deste sábado embora o acordo estivesse selado uns dias antes.

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A renovação de Sérgio Oliveira, que tem envergado a braçadeira de capitão face às ausências por lesão de Pepe e Marcano (e depois da saída de Danilo para o PSG), surge num momento em que o também internacional português e único jogador dos “grandes” chamado à última convocatória da Seleção está a ter o melhor arranque de época no clube e da carreira, levando um total de sete golos e três assistências até ao momento em 15 jogos, incluindo três em encontros consecutivos na Liga dos Campeões que ajudaram a equipa a chegar aos oitavos da prova.

“Acredito que é um momento importante mas não quero ficar por aqui, espero que este início culmine com títulos para o FC Porto. Temos de manter o foco nisso, não no individual mas no coletivo, e na grandeza deste clube. Temos que estar sempre no nosso máximo para garantir que damos o nosso melhor em prol do clube”, ressalvou o médio, antes de destacar um golo… sem querer dizer que foi o melhor nos azuis e brancos: “O golo que fiz ao Benfica teve um sentimento especial. Foi num momento importante para nós também mas não quero eleger o meu melhor golo pelo FC Porto porque espero fazer ainda mais. Bonitos ou feios, são golos. Tenho a certeza que vamos conquistar títulos juntos, porque juntos seremos sempre muito mais fortes”.

Após ter começado no Paços Brandão, Sérgio Oliveira mudou-se para o FC Porto em 2002, enquanto infantil, tendo feito depois toda a formação nos dragões até se estrear em 2009/10 pela equipa sénior. “Mudou muita coisa, nessa altura tinha 17 anos e não tinha sequer maturidade suficiente para lidar com tudo o que se passou naquela altura. Fez parte do meu crescimento, do meu trajeto, mas não me arrependo de nada, estou onde queria estar no dia de hoje. Se demorou mais ou menos tempo, não importa. Se calhar esse tempo foi necessário para moldar os meus comportamentos. Sinto-me orgulhoso da pessoa que sou hoje, do trabalho que tenho vindo a fazer e espero continuar a sentir-me orgulhoso daqui para a frente”, comentou o jogador em 2018. Nesse hiato passou por Beira-Mar, Malines (Bélgica), Penafiel, P. Ferreira, Nantes (França, com Sérgio Conceição) e PAOK (Grécia).

Sérgio Oliveira conquistou dois Campeonatos, duas Taças de Portugal e uma Supertaça pelo FC Porto, todas entre 2018 e 2020, tendo somando ainda um Campeonato e uma Taça da Grécia pelo PAOK em 2019. Pela Seleção, o médio perdeu duas finais de grandes competições, o Mundial Sub-20 (2011) e o Europeu Sub-21 (2015).