A nova ala pediátrica do Centro Hospitalar e Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, deverá começar a funcionar no último trimestre deste ano. A informação foi revelada esta sexta-feira por Fernando Araújo, presidente do Conselho de Administração deste hospital, que acrescentou ainda que já estão a ser lançados os concursos para os equipamentos desta nova ala. “O objetivo é não haver nenhum constrangimento que leve a adiar o início da atividade. Queremos muito passar o próximo Natal já aqui“, referiu.

Estamos a trabalhar com velocidade redobrada e é expectável que até ao final deste ano, tal como prometido, tenhamos não apenas a inauguração mas, acima de tudo, estejamos a trabalhar aqui para servir melhor as crianças que nos procuram”, sublinhou Fernando Araújo aos jornalistas no final de uma visita às obras da nova ala pediátrica, que contou com a presença do bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar.

Enquanto o funcionamento da nova ala deverá ocorrer até ao final do ano, a conclusão das obras, que começaram a 1 de outubro do ano passado, está prevista para o final do primeiro semestre. Depois, acrescenta Fernando Araújo, “há necessidade de instalação de equipamentos pesados para blocos operatórios e unidades de queimados”. “Neste momento já estão a decorrer os concursos para adquirir esse material. Depois é equipar, preparar e testar“, sublinha. A obra está orçada em 26,7 milhões de euros.

Olhar para esta construção que está a acontecer aqui é um farol de esperança. No meio desta epidemia de Covid-19 e destes tempos negros, acho que é confiança no futuro e é isso que também nos alegra a todos nós: todos os dias, quando vimos para o hospital, olhar e ver isto a crescer. Ver que, finalmente, após 12 anos de contentores e de condições menos adequadas, a obra está a ser concluída e vai ser uma realidade”, sublinha o presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João.

A nova ala pediátrica vai ter cinco pisos e enfermarias com capacidade para 98 camas, com três blocos cirúrgicos — um dos quais totalmente dedicado à unidade de queimados pediátricos, que será a primeira da região Norte. Além desta área haverá também valências como a cardiologia pediátrica, cirurgia cardíaca e de intervenção, oncologia pediátrica, do grande trauma dos doentes neurocríticos, como explicou Maria João Baptista, diretora clínica do Centro Hospitalar e Universitário de São João. “Ver crescer este projeto pelo qual eu e muitas pessoas estamos a trabalhar há muitos anos é sem duvida uma imensa vitória”, sublinhou.

Apesar da pandemia que trouxe “desafios e constrangimentos” para os profissionais de construção civil e também problemas no fornecimento de materiais, Fernando Araújo assegura que a obra está a ser feita com “velocidade redobrada” e que estão a ser introduzidos “os conceitos mais avançados do ponto de visto de internamento de pediatria”, sendo “um local de inovação, mas também um local com muito humanismo e dedicado a que estas crianças sofram o menos possível enquanto estão internadas”.

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