Os negócios no futebol sob suspeita do Fisco ascendem a 500 milhões de euros em transferências e envolvem clubes nacionais e estrangeiros, escreve esta segunda-feira o Jornal de Notícias. Em causa está a operação “Fora de Jogo”, com os inspetores da Direção de Serviços de Investigação da Fraude e de Ações Especiais da Autoridade Tributária (DSIFAE/AT) a analisarem todos os negócios feitos com 14 agentes e intermediários, incluindo Jorge Mendes, um dos principais arguidos no caso.

Operação Fora de Jogo. 47 arguidos entre jogadores, dirigentes e empresários

O jornal que cita uma fonte da AT explica que a extensão da investigação foi mais do que duplicada devido à análise de toda a documentação apreendida na sequência da operação “Fora de Jogo” — numa fase inicial, as transações suspeitas foram avaliadas em cerca de 200 milhões de euros. Aumentou também o número de futebolistas sobre os quais incidem estas transferências.

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Em março do ano passado foram realizadas 76 buscas executadas um pouco por todo o país, sendo que 40 visaram domicílios e cinco escritórios de advogados — Osório de Castro, advogado de Jorge Mendes, foi um dos alvos das buscas. Todas as transferências em que estes juristas participam estão a ser alvo de escrutínio por parte dos inspetores.

A operação em causa envolveu buscas às principais SAD do futebol português, incluindo Benfica, Sporting, FC Porto e Sporting de Braga, com as casas dos presidentes dos quatro clubes a serem alvo de buscas — Jorge Nuno Pinto da Costa (FC Porto), Luís Filipe Vieira (Benfica), Frederico Varandas (Sporting) e António Salvador (Sporting de Braga).

A investigação visa sobretudo crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais.