A Galp Energia não vai reforçar a produção de combustíveis para abastecer o norte do país, em consequência do encerramento da refinaria de Matosinhos. Segundo revelou o administrador José Carlos Silva numa audição no Parlamento, a capacidade de Sines não vai ser incrementada.
O abastecimento à região do Norte será feito através de barco, como já acontece por via da integração operacional das duas unidades da Galp. O responsável da empresa recusa a tese de que a justificação para fechar a segunda refinaria do país, em nome da transição energética e do ambiente, seja um “grande oportunismo”, como acusou o deputado do Bloco de Esquerda, José Soeiro.
José Carlos Silva assegurou que o fecho de Matosinhos permitirá uma redução efetiva de 900 mil toneladas de CO2 por ano, que é o equivalente a 5% das emissões do setor da energia em Portugal. As contas consideram já o novo modelo de refinação no qual Matosinhos funcionará como um parque logístico. A solução encontrada pela empresa, acrescentou, será neutral do ponto de vista da neutralidade carbónica, recusando acusações vindas sobretudo do Bloco e do PCP cuja deputada Diana Ferreira considerou que a motivação ambiental era uma cortina de fumo, sublinhando “o efeito perverso” com o transporte rodoviário para abastecer a região norte.
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