“Vitalina Varela”, de Pedro Costa, está entre os 93 filmes, de outros tantos países, incluídos na lista oficial de candidatos à nomeação para o Óscar de Melhor Filme Internacional, esta quinta-feira divulgada pela Academia de Hollywood.

“Vitalina Varela”, o filme, foi indicado como candidato à nomeação pela Academia Portuguesa de Cinema, no passado mês de dezembro, depois de “Listen”, de Ana Rocha de Sousa, inicialmente escolhido, ter sido excluído pelo International Feature Film Executive Comittee, da academia norte-americana de cinema, por esta coprodução luso-britânica ser maioritariamente falada em língua inglesa.

O filme de Pedro Costa teve estreia mundial em agosto de 2019, no Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, onde arrecadou os principais prémios: Leopardo de Ouro e Leopardo de Melhor Interpretação Feminina. Desde então, soma mais de 22 prémios, a maioria de melhor filme e melhor realização, em perto de 30 festivais internacionais de cinema, sobretudo na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina.

Em fevereiro, no dia 16, o filme será exibido online pelo Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque, no âmbito de um ciclo dedicado ao melhor da produção cinematográfica de 2020.

Na semana passada, a publicação especializada Variety colocou-o em 19.º lugar na lista de possíveis candidatos ao Óscar de Melhor Filme Internacional; na segunda-feira, o Indiewire atribuiu-lhe a 15.ª posição.

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No início do ano, a direção da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos aprovou a possibilidade de alargamento da lista de finalistas, nesta categoria, de 10 para 15 filmes.

A lista dos candidatos à nomeação de Melhor Filme Internacional, esta quinta-feira publicada pela academia norte-americana, inclui também o documentário brasileiro “Babenco — Alguém tem de ouvir o coração e dizer: parou”, sobre o cineasta argentino radicado no Brasil, que morreu em 2016 e dirigiu “Pixote, a Lei do Mais Fraco” e “O Beijo da Mulher Aranha”.

Realizada por Bárbara Paz, que viveu com Hector Babenco, esta longa-metragem documental foi exibida em dezembro, em Lisboa, no âmbito do FestIn – Festival Itinerante de Língua Portuguesa, e foi distinguida em 2019, em Veneza, com o prémio da crítica independente e Melhor Documentário sobre Cinema.

“Babenco – Alguém tem de ouvir o coração e dizer: parou” é também candidato a uma nomeação para Melhor Documentário de Longa-Metragem, outra lista oficial igualmente anunciada esta quinta-feira, e que inclui um total de 238 títulos.

Os 15 nomeados para Melhor Filme Internacional e os 15 nomeados para Melhor Documentário de Longa-Metragem serão anunciados no próximo dia 9 de fevereiro, em Los Angeles, cerca de um mês antes das restantes nomeações.

A Academia divulgou esta quinta-feira, também, a lista de 27 filmes de animação, dos quais serão escolhidos os cinco nomeados para o Óscar de Melhor Longa-Metragem, nesta categoria.

Entre os candidatos está o mais recente vencedor do festival de Annecy, em França, “Calamity”, uma coprodução franco-dinamarquesa dirigida por Rémi Chayé, centrada na infância de Calamity Jane, a figura feminina lendária do Oeste americano.

“A Ovelha Choné: A Quinta Contra-ataca”, de Will Becher e Richard Phelan, “Soul – Uma Aventura com Alma”, de Pete Docter e Kemp Powers, o mais recente sucesso da Pixar, estreado pela Disney+, “Bombay Rose”, do indiano Gitanjali Rao, com produção da Netflix, “My Favorite War”, do letão Ilze Burkovska Jacobsen, que recorda os derradeiros anos de domínio soviético, e “Kill It and Leave This Town”, do polaco Mariusz Wilczynski, exibido em setembro no Festival IndieLisboa, com memórias da família e da cidade de Lodz, são outros filmes candidatos à nomeação.

“Scoob!”, “Bob Esponja, o Filme”, “Planeta Willy”, “Trolls”, “Os Croods”, “Bora lá” e “A Fábrica dos Sonhos” estão igualmente entre os candidatos a finalistas.

As nomeações para a 93.ª edição dos Óscares da Academia de Hollywood serão anunciadas no próximo dia 15 de março e a cerimónia está marcada para 25 de abril.