Janeiro foi um mês de má memória para Portugal: foi o mês em que a pandemia da Covid-19 ficou descontrolada, originando mais de duas centenas de mortes todos os dias, provocando uma situação de colapso nos hospitais e levando a um novo confinamento que veio para ficar.

Em fevereiro, boa parte dos portugueses — aqueles que não têm de sair para trabalhar presencialmente — viverá os seus dias em casa, confinados. Para que nos ouvidos não fique apenas música antiga, lançada há muitos anos, trazemos-lhe aqui a habitual seleção em formato playlist de melhores álbuns do mês, com uma canção a servir de exemplar de cada um dos discos que nos prenderam a atenção a janeiro.

A seleção musical é, como já habitual, variada. Temos variantes da música soul plasmadas nos álbuns de estreia de Aaron Frazer (membro da banda Durand Jones & The Indications) e Arlo Parks. Temos cantigas inspiradas no cancioneiro americano da folk, do country e do blues de Kurt Vile (que lançou novo EP, ou mini-álbum) e de P. S. Lucas, o pseudónimo do português Pedro Lucas. E temos agitação frenética com os enfant terribles  Viagra Boys, Shame e Sleaford Mods e jazz com Joe Lovano e William Parker.

A lista inclui ainda um exemplar das batidas entre o hip-hop e a eletrónica mais convencional e dançante do novo disco a solo do produtor Madlib (feito com a preciosa ajuda de outro produtor de música, Four Tet), a synth-pop e a soul dengosa de Rhye — o projeto musical do canadiano Mike Milosh — e a pop eletrónica, melódica mas aberta à experimentação e exploração instrumental, de Casper Clausen, músico e cantor dinamarquês que vive em Portugal e que se estreia a solo depois de um trajeto de sucesso com a banda Efterklang.

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