O Museu de Arte e Educação de Ningbo, na costa leste da China, do arquiteto Álvaro Siza com Carlos Castanheira, é um dos finalistas ao prémio Edifício do Ano 2021, anunciados esta quinta-feira pela Archdaily.
O projeto encontra-se entre os cinco nomeados na categoria Arquitetura Cultural, uma das 15 que compõem os prémios da plataforma internacional de arquitetura, e é o único de arquitetos portugueses entre os candidatos, nesta edição.
Os vencedores serão escolhidos por votação dos membros registados na plataforma, até ao próximo dia 18, e anunciados online nesse mesmo dia.
O museu, situado junto ao Lago Dongqian, tem cerca de seis mil metros quadrados e foi inaugurado no passado mês de novembro.
Em vez de escadas, o edifício, com uma altura de 25 metros, tem uma rampa sem barreiras a ligar os cinco andares e é iluminado apenas por janelas situadas no rés-do-chão e no topo do museu.
O edifício de Álvaro Siza e Carlos Castanheira concorre ao prémio de Edifício do Ano, na categoria de Arquitetura Cultural, com o Museu Audemars Piguet, em Le Brassus, na Suíça, um projeto conjunto dos ateliês BIG, Bjarke Ingels Group, Brückner e CCHE, com o centro chinês de Arte de Qujiang, em Xi’an – Shanxi, projetado pelo ateliê Gad, de Hangzhou, com o edifício Experimenta, em Heilbronn, na Alemanha, do ateliê Sauerbruch Hutton, de Berlim, e com o MEETT – Centro de Congressos e Exposições de Toulouse, projetado pelo gabinete OMA, de Rem Koolhaas, em Roterdão, que também concebeu o edifício da Casa da Música, no Porto.
O Museu de Arte e Educação de Ningbo é um projeto do grupo privado chinês Huamao Group. O presidente deste grupo, Xu Wanmao, convidou Álvaro Siza para a liderança da obra, depois de visitar o Museu de Serralves, que Prémio Pritzker desenhou, no Porto.
A primeira obra de Siza Vieira na China – um edifício de escritórios, desenhado também em parceria com o arquiteto Carlos Castanheira – foi inaugurado em agosto de 2014, no leste do país.
Na Ásia, a dupla portuguesa também assinou projetos em Taiwan e na Coreia do Sul.
Entre os finalistas dos prémios Archdaily deste ano está também o estúdio MNMA, de São Paulo, Brasil, com o projeto Dois Trópicos, nesta cidade, nomeado na categoria de edifícios comerciais.
O ateliê OMA, por seu lado, é um dos mais nomeados, com projetos finalistas nas categorias de comércio, hotelaria e de escritórios, construídos na Coreia do Sul, na Indonésia e na Alemanha, respetivamente.
Os prémios Edifício do Ano da Archdaily são atribuídos em categorias de comércio, cultura, desporto, educação, hotelaria, saúde e indústria, em arquitetura de interiores, arquitetura paisagística e de espaços públicos, em edifícios de escritórios, de habitação, em moradias, edifícios religiosos e em projetos de pequena escala/pequenas instalações. É ainda distinguida a melhor aplicação de materiais.
Os 75 finalistas – cinco em cada categoria -, para esta 12.ª edição, foram escolhidos por votação dos membros da ArchDaily, entre 26 de janeiro e 10 de fevereiro, a partir dos 4500 projetos submetidos e publicados na plataforma, ao longo de 2020.
Os finalistas podem ser vistos em https://boty.archdaily.com/us/2021.
Em 2017, os prémios Archdaily distinguiram o Terminal de Cruzeiros do Porto, de Luís Pedro Silva, na categoria Arquitetura Pública, e a Casa Cabo de Vila, do ateliê de arquitetura Spaceworkers, em Bitarães, distrito do Porto, na área de Moradias (Houses).
Em 2018, na área de Arquitetura Industrial, foi premiado o projeto da Adega Herdade do Freixo, no Redondo, distrito de Évora, de Frederico Valsassina Arquitetos.
A ArchDaily – Plataforma, com base em Nova Iorque, foi criada em 2008, reúne profissionais das áreas da arquitetura, design, construção e meios de comunicação especializados, dos diferentes continentes.