O Congresso Nacional do Povo da China ou Assembleia Nacional vai reunir na sexta-feira, depois de mais de um ano de pandemia da Covid-19, para um encontro com foco na recuperação da economia, em que as preocupações com a estabilidade e o aumento da dívida são o grande foco. Wang Jun, do centro de estudos do Governo em Pequim, explica que nas discussões sobre política monetária e orçamental, o “objetivo principal é estabilizar o endividamento”.

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O presidente chinês, Xi Jinping, assumiu uma postura confiante em relação à prosperidade da China numa era pós-Covid, ao enaltecer que, ao contrário do Ocidente, “o Oriente está a crescer”. Contudo, segundo o The New York Times, o líder deixou um alerta, às portas fechadas, para que não se desprezem os concorrentes, acima de tudo os EUA. De acordo com um órgão de comunicação local que cita um discurso publicado num site do Governo, Xi Jinping disse mesmo que “os EUA são a maior ameaça ao desenvolvimento e segurança” da China, sendo “a maior fonte de caos no mundo atual”.

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Está tudo preparado no Grande Salão do Povo, em Beijing. A sessão de abertura já está a decorrer, mas as discussões e decisões do mais alto organismo governamental da China só começam esta sexta-feira. Ao mesmo tempo decorre também a Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, um organismo consultivo formado por membros e não-membros do Partido Comunista da China.

O último ano foi de mudanças, mas a China parte para este momento decisivo com as cidades praticamente num modo de vida normal e com uma economia que é a única que cresceu entre as grandes potências mundiais.

O Congresso tem como objetivo traçar o rumo da recuperação económica, bem como dar a conhecer o plano para os próximos anos, nomeadamente até 2025. Os três mil deputados de todo o país têm poder de voto para promulgar leis e supervisionar o trabalho do Governo, mas o que acontece, conta o El Mundo, é maioritariamente fechar-se e aplaudir medidas que já chegam a este ponto decididas pelo partido que tem o poder.

O Partido Comunista Chinês aproveita o momento para apresentar os planos económicos e sociais. Este ano, os líderes chineses vão focar-se na autonomia tecnológica do país com o intuito de produzir bens de alto valor acrescentado, até porque em outubro de 2020, os responsáveis do Governo declararam que tornar a China uma “potência tecnológica” autossuficiente é a prioridade económica para este ano.

O anúncio de iniciativas destinadas a aumentar o controlo sobre Hong Kong é outro dos grandes focos do mais importante evento deste ano na agenda política da China. Durante a Assembleia será ainda conhecido o orçamento para a Defesa, tendo em conta que no ano passado, os gastos com o Exército de Libertação Popular ascenderam a 178,6 mil milhões de dólares (147 mil milhões de euros), o segundo maior depois dos Estados Unidos.