Liza nasceu num berço de ouro de Hollywood. Filha do realizador e encenador Vincent Minnelli e de uma estrela maior — atriz e cantora — da mais dourada das eras cinematográficas, Judy Garland. Cresceu no palco e em frente às câmaras. Com três anos, apareceu num filme. Aos 17 anos, estreou-se profissionalmente em cima do palco, num espetáculo da Off-Broadway — o primeiro Tony Award viria dois anos depois.
Mas foi preciso esperar por 1972 para ver Minnelli, agraciada com uma voz poderosa mas não com os traços de uma beleza clássica, brilhar em todo o seu esplendor. O papel de Sally Bowles no musical de Bob Fosse “Cabaret” valeu-lhe muito mais do que o primeiro (e único) Óscar — propagou a sua imagem pelos quatro cantos do mundo e consagrou-a como diva transversal: do cinema, do teatro e da televisão. Tinha 26 anos.
Mais do que celebrações ou ocasiões especiais, as festas foram um estilo de vida para Liza Minnelli. Assídua no mítico Studio 54, presença frequente nas after parties mais luxuosas de Nova Iorque, viveu no centro da elite boémia e artística que carimbou os anos 70 — Elizabeth Taylor, Andy Warhol e Bianca Jagger, entre outros. Juntamente com o estilo de vida exuberante, os excessos. O abuso de álcool, drogas e medicamentos (no caso destes últimos, a morte da mãe em 1969 terá sido o gatilho) levou-a a abandonar um musical em 1984 para dar entrada numa clínica de reabilitação.
No que toca à vida conjugal, tal como os pais, somou matrimónios: quatro no total. Com 21 anos, casou com o cantor australiano Peter Allen, que viria a morrer com sida em 1992. A união durou até 1974, ano em que deu o nó com o realizador e produtor Jack Haley Jr. Cinco anos depois, o terceiro marido: o escultor Mark Gero, com quem manteve o casamento mais longo, durante 13 anos. Já no novo século, voltou a casar, desta vez com o produtor David Gest. Os dois divorciaram-se em 2007. Liza nunca teve filhos.
Na fotogaleria, percorra a vida e a carreira de Liza Minnelli, a propósito do seu 75º aniversário.