A Câmara de Almada afirma que o Almada Innovation District “não é uma mera intenção”, mas um projeto global de 800 milhões de euros que arrancou em 2019 e tem vários investimentos privados já em fase de licenciamento.

“Um dos motores deste projeto – a Universidade Nova – está avançada no lançamento de cinco projetos estruturantes do campus. Outros se seguirão a breve trecho relacionados com a sustentabilidade energética e a mobilidade ligeira“, refere a Câmara de Almada em resposta a perguntas da agência Lusa.

Segundo a autarquia, no distrito de Setúbal, um dos primeiros projetos a avançar será justamente a “primeira fase de renovação e requalificação do Campus da Nova, com a edificação da parte desportiva, de uma superfície comercial e o arranque da fase I de um hub de inovação, num investimento previsto de 30 milhões de euros“.

“O avanço nestes projetos deve-se também ao facto de parte do financiamento ser comunitário, pelo que terá de ser concretizado até final de 2023“, justifica o município, salientando que, “além do Campus da Universidade Nova, foram já submetidos para licenciamento alguns projetos de investidores privados, cuja construção deverá ter início ainda este ano”.

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“Estimamos ter esta primeira fase da renovação do coração do Innovation District concluída em três anos”, acrescenta a autarquia, reiterando que o projeto de renovação e requalificação do campus universitário será o primeiro a avançar, fruto do financiamento comunitário alcançado.

De acordo com a Câmara de Almada, além dos anunciados 800 milhões de euros de investimento privado no Innovation District, montante que resulta da “soma dos investimentos privados”, terá ainda de se considerar o investimento público necessário em acessibilidades e infraestruturas públicas, bem como na reabilitação das zonas históricas de Porto Brandão e do Monte da Caparica.

Questionada sobre eventuais garantias de financiamento e apoio comunitário dos projetos, a Câmara Municipal diz apenas que assinou um memorando de entendimento com a Universidade Nova de Lisboa e com os investidores e proprietários para o desenvolvimento do Almada Innovation District.

“No que toca a investimento e a prazos de execução, é preciso entender que o processo de criação de uma cidade é orgânico, desenvolvendo-se ao longo de muitos anos. A base está em ter rumos claros e mecanismos de gestão do território que assegurem que esses rumos são seguidos”, refere.

Assinaram o memorando de entendimento relativo ao Innovation District “indivíduos, organizações e empresas nacionais e internacionais, em número de 10, com interesses diversos na zona de Porto Brandão e Monte da Caparica”.

A Universidade Nova de Lisboa, a Cordialequation Unipessoal Lda, a Rustik Puzzle Lda, a SOSTATE SA, a Maia e Pereira SA, a Egas Moniz Cooperativa de Ensino Superior CRL, a Emerging Ocean Unipessoal Lda, a Rio Capital Lda, a Orbisribalta – Investimentos Imobiliários e Turísticos SA, e a Fundação Serra são os subscritores.