As instituições de ensino superior têm até 10 de setembro para se candidatarem a apoios do programa de recuperação e resiliência para mais cursos superiores destinados a jovens e adultos, anunciou hoje o Governo.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, defendeu que Portugal precisa de melhorar em indicadores como o número de adultos trabalhadores de pequenas e médias empresas em formação ativa.
Os programas Impulso Adultos e Impulso Jovens, esta segunda-feira lançados, destinam-se a promover mais oferta de cursos das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática e pretende-se uma ligação das instituições de ensino superior a entidades como empresas ou autarquias.
Manuel Heitor indicou que se optou por deixar cada instituição com mais de cinco mil alunos apresentar apenas uma candidatura e as instituições mais pequenas reunirem-se em consórcios para candidaturas únicas.
Assumiu que “não é normal” limitar o número de candidaturas, mas defendeu que assim será mais rápido o processo de seleção, que obrigará a “reflexão interna muito grande” dentro de cada instituição para escolher uma candidatura em vez de se receberem “milhares de candidaturas” que teriam que ser depois avaliadas uma a uma.
Manuel Heitor referiu que na mais recente avaliação da comissão europeia sobre inovação, Portugal piorou em indicadores como o número de empresas e volume de trabalhadores em formação ativa.
A dotação total para estes programas é 252 milhões de euros: 122 para os jovens e 130 para os adultos.
O ministro indicou que a negociação para todos os contratos estará pronta até ao fim do ano ou, idealmente, até ao fim de novembro, pelo que “o trabalho terá que ser acelerado”.
A avaliar as candidaturas estará um painel de peritos coordenado por António Rendas, ex-presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.
Salientou que os programas deverão estar de acordo com as metas de aumento de formação superior da população, que apontam para um aumento de 50 para 60% dos jovens de 20 anos no ensino superior entre 2020 e 2030.
Outra das metas a cumprir é o aumento de 37% para 50% de graduados do ensino superior entre 30 e 34 anos entre 2020 e 2030.
Em relação aos adultos em formação ao longo da vida, a meta é aumentar em cinco vezes o número dessas pessoas, em articulação com as empresas.