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Como é que o 5G pode tornar o mundo sustentável

Este artigo tem mais de 2 anos

“O 5G vai ser fundamental para que Portugal avance ainda mais”, defende Luís Neves, CEO do GeSI. Segundo o especialista, a tecnologia está ligada à “melhoria das condições de vida”.

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Getty Images/iStockphoto

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Este artigo é da responsabilidade da NOS Comunicações

O GeSI – Global Enabling Sustainability Initiative tem estudado nos últimos anos o impacto da tecnologia nas empresas e na sociedade em geral. E as conclusões — relacionadas com a tecnologia 5G nos relatórios mais recentes — têm sido extremamente positivas. Para Luís Neves, CEO da associação empresarial com sede em Bruxelas, “a implementação tecnológica e o desenvolvimento tecnológico estão fortemente ligados à melhoria das condições de vida dos cidadãos”, pelo que os países que investem mais “naturalmente também estão mais à frente”.

Num dos estudos mais recentes feitos pelo GeSI, ‘Delivering a SMARTer 2030’, as conclusões apontam para um grande aumento da eficiência, mesmo que os consumos energéticos da área tecnológica subam ou se mantenham. “A pegada de carbono do sector mantém-se nos 2% globais, mas aquilo a que chamamos o enabling impact, o benefício, é 10 vezes mais do que calculámos em 2007. Estamos a falar de 20% de potencial de redução das emissões de carbono através das tecnologias. E o valor económico são 11 biliões de dólares por ano”. Luís Neves acredita que “o 5G é a tecnologia do futuro para assegurar a sustentabilidade”.

5G vai ser o game changer do desenvolvimento

Para Luís Neves há três vantagens do 5G que permitem um progresso mais com maior sustentabilidade: “Uma é a latência muito mais baixa; a segunda é a capacidade de transmissão de dados, que vai ser muito maior, e a terceira é a rapidez da comunicação”. Estes fatores “são o grande game changer do 5G, porque isto vai permitir conectar cidades, controlar as colheitas na agricultura, facilitar a implementação de soluções na saúde, na educação, no tráfego, na logística. Todas estas indústrias vão beneficiar da implementação do 5G. Essas inovações vão depois trazer negócio, gerar benefícios e criar um mundo mais sustentável”.

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Para o SMARTer 2030, o GeSI estudou com detalhe a relação entre a tecnologia e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Olhámos para os 17 ODS e para as 169 metas, e tentámos perceber qual é a correlação entre a tecnologia e todos estes indicadores”, refere o CEO, “e a conclusão foi fantástica, a tecnologia vai permitir um impacto enorme em 22% dos indicadores, e vai reverter o impacto negativo de 23% deles”. Luís Neves antecipa que os resultados podem mesmo ser superiores, o que impulsionou a associação a criar um movimento para os reforçar, através de “indicadores que vão permitir às empresas avançar neste objetivo”.

É fundamental que as empresas “percebam o que é que a sociedade pensa para melhor gerirem o seu negócio. Se falarmos em sustentabilidade, é muito importante que as empresas compreendam quais são os maiores desafios que estão pela frente. É neste papel que o GeSI se coloca, apoiar os seus membros, as empresas, a facilitar esse diálogo, ajudá-las, através da sustentabilidade, a melhorar o negócio”, explica Luís Neves.

5G Portugal: Apanhar o comboio europeu

Outro relatório recente do GeSI, o Digital Access Index, analisa a qualidade de vida dos países e dos cidadãos com base na tecnologia. “Os países que investem mais na tecnologia, naturalmente também estão mais à frente”, resume o responsável da associação, que aponta Luxemburgo e Suécia como exemplos a seguir. E quanto a Portugal? “Está em número 22 dos mais desenvolvidos, o que, não sendo mau, também não é muito bom. Daí o meu apelo no investimento na tecnologia, do ponto de vista político. É aquilo que vai permitir a Portugal avançar, desenvolver-se e equiparar-se aos países que estão mais desenvolvidos”.

Luís Neves vive fora de Portugal há 25 anos, pelo que acompanha a evolução com outros olhos. Achas que o país “do ponto de vista da digitalização, esteve muito bem e tem tido um desenvolvimento bastante positivo”, defende no entanto que, “olhando para os desenvolvimentos mais recentes no continente europeu, era muito importante que Portugal não deixasse passar o comboio do 5G”. Isso depende muito de haver “um ambiente regulador que facilite essa implementação e esses investimentos. As empresas têm de ter segurança nos investimentos, porque elas têm responsabilidades sociais e no que respeita aos seus acionistas, não podem dar tiros no escuro. É muito importante o poder político perceber que é necessário estabilidade”.

O CEO do GeSI lamenta a indefinição que ainda se vive em Portugal com o lançamento da rede 5G: “Temos em Portugal operadores suficientes para garantir uma boa implementação do 5G. Os Estados Unidos, que têm 350 milhões de habitantes, tinham até há pouco tempo quatro grandes operadores: ATT, Verizon, Sprint e T-Mobile. A T-Mobile comprou a Sprint e passaram de 4 para 3. Nós temos 3 operadores em Portugal para 10 milhões de habitantes, precisamos de mais? Os três operadores não têm competências e capacidades para assegurar uma implementação do 5G? Eu acho que têm!”

Já as empresas portuguesas do sector merecem-lhe rasgados elogios. “Eu acho que as empresas estão preparadas para a implementação do 5G. Em Portugal há grandes engenheiros, grandes técnicos, grande know-how. Comparamo-nos a qualquer outro mercado europeu ou mundial”, afirma Luís Neves, reforçando que “há também ambição de criar um Portugal mais digital, mais moderno”. Isso deixa-o ainda mais surpreendido com o atraso que existe, pelo que avisa: “Vamos pagar caro, em Portugal, este atraso. Porque a tecnologia vai entrar em tudo, este mundo vai viver à base da tecnologia, isto é uma coisa que não tem retrocesso e adiar só vai causar problemas”.

Existe ainda uma componente geoestratégica associada ao 5G, e Portugal, enquanto parte da Europa, não deve perder o rumo. De acordo com Luís Neves, há o bloco dos Estados Unidos, o “money machine”, e a Ásia, “onde vemos outro tipo de problemas, mas também uma explosão de tecnologia”. O CEO do GeSI entende que “o espaço europeu é a terceira via, à volta da tecnologia e da sustentabilidade”, pelo que em Portugal e na Europa, “se conseguirmos isso, vamos ser líderes mundiais”.

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