A adesão ao segundo e último dia de greve dos trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (RL) para reivindicar uma atualização salarial e melhoria das condições laborais ronda os 70 a 75%, disse à Lusa fonte sindical esta terça-feira.

“Estamos a ter uma boa adesão semelhante à do dia de ontem, a rondar os 70 a 75%. Vamos continuar a nossa luta. Tivemos um plenário hoje de manhã e apelámos aos trabalhadores para que cortem nas horas extraordinárias e trabalho em dias de folga”, disse à Lusa o presidente do Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (SITRL), João Casimiro.

Contactada pela Lusa, fonte da Rodoviária de Lisboa remeteu para mais tarde dados sobre a adesão à greve.

Em declarações à Lusa, o presidente do SITRL disse que os trabalhadores vão “continuar a lutar por melhores salários e melhores condições de trabalho”, até que a administração da empresa “dê um sinal positivo de que quer negociar”.

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“Os trabalhadores das empresas rodoviárias privadas estiveram em greve na segunda-feira e marcaram uma outra paralisação para 1 de outubro, mas o SITRL não teve tempo para emitir um pré-aviso de greve para esse dia, mas estamos juntos com os outros sindicatos”, disse.

Os trabalhadores das empresas rodoviárias privadas cumpriram na segunda-feira um dia de greve em protesto por melhores salários, mas a paralisação da RL é de 48 horas, terminando esta terça-feira.

A greve foi convocada pelo Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa e abrange os cerca de 600 motoristas, segundo disse à agência Lusa o sindicalista João Casimiro.

“A Rodoviária teima em não aceitar as reivindicações dos motoristas. Continuamos a ter o salário base equiparado ao ordenado mínimo nacional e a trabalhar sem segurança. Se a administração não atender iremos avançar”, afirmou o presidente do SITRL.

Atualmente, o ordenado médio de um trabalhador da RL é de cerca de 700 euros (brutos), enquanto o ordenado mínimo nacional é de 665 euros.

Além de melhorias salariais, os trabalhadores da RL reivindicam também uma redução da carga horária, nomeadamente do trabalho extraordinário, e uma redução do atual intervalo de descanso de três horas para um máximo de duas.

A Rodoviária de Lisboa abrange os concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, servindo cerca de 400 mil habitantes.