Os duques de Sussex juntaram-se a uma empresa de gestão de ativos com sede nos Estados Unidos enquanto investidores e “parceiros de impacto”. O anuncio da nova parceria é acompanhado de uma missão: pôr os valores do casal “em ação”, tal como explica Meghan Markle numa entrevista conjunta com o marido ao The New York Times.

O envolvimento de Harry e Meghan com a empresa de tecnologia financeira (fintech) Ethic é também ele explicado em comunicado: “Quando investimos uns nos outros, mudamos o mundo (…) As nossas escolhas — como e onde colocamos a nossa energia — definem-nos enquanto uma comunidade global”. Numa breve nota, os duques informam que querem “repensar a natureza dos investimentos para ajudar a resolver os problemas globais que todos enfrentamos”.

Ao NYT, o casal diz esperar que o seu envolvimento com a empresa ajude a democratizar a ideia de investir, ao consciencializar mais pessoas, sobretudo as faixas etárias mais jovens, para investimentos sustentáveis. “Nós já temos a geração mais nova a votar através dos seus dólares e das suas libras”, comenta também Harry. A empresa com sede em Nova Iorque tem atualmente 1,3 mil milhões de dólares sob gestão e investe em empresas consideradas éticas — a Ethic assegura que cria “soluções de sustentabilidade personalizadas para ajudar os investidores a transferir dinheiro para empresas que tratam as pessoas e o planeta com respeito”.

“Do mundo de onde venho não falamos em investir, certo? Não temos o luxo de poder investir. Parece tão sofisticado”, comenta ainda Meghan Markle, para depois acrescentar que o marido — o príncipe Harry — há anos que fala em investir numa empresa com valores idênticos aos seus. Já a empresa em si garante que os duques estão “profundamente empenhados em ajudar e a resolver” questões como o “clima, a igualdade de género, a justiça racial, os direitos humanos e o fortalecimento da democracia”, tanto que tornaram-se investidores na Ethic no início de 2021 e têm também investimentos administrados pela empresa. Não foram, no entanto, reveladas quaisquer quantias.

Desde que deixaram de ser membros seniores da realeza, em março de 2020, e desde que abandonaram o Reino Unido em busca de independência financeira, os duques de Sussex têm conseguido acordos lucrativos, incluindo com as gigantes Netflix e Spotify — Harry acumula ainda um cargo de diretor de impacto na startup norte-americana BetterUp, dedicada à saúde mental, além de ter produzido juntamente com Oprah Winfrey a série documental “The Me You Can’t See”. Mais recentemente, o príncipe está a escrever um livro de memórias que deverá chegar às prateleiras no próximo ano.

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