A queniana Agnes Tirop, atleta olímpica e medalha de bronze nos 10.000 metros nos Mundiais de 2017 e 2019, foi encontrada morta em casa, em Iten, no Quénia, alegadamente esfaqueada pelo marido, informou esta quarta-feira a federação de atletismo daquele país africano.
De acordo com a BBC, a polícia está a investigar os contornos da morte de Agnes Tirop e as autoridades divulgaram que o marido — o principal suspeito — está desaparecido, estando neste momento a ser procurado.
“Quando [a polícia] chegou a casa, encontrou Agnes Tirop na cama e havia uma piscina de sangue no chão”, relatou a polícia, que acrescentou que a atleta que tinha sido “esfaqueada no pescoço” e também tinha cortes na barriga. “Acreditamos que isso causou a sua morte.”
“O Quénia perdeu uma joia”, diz a federação, referindo-se à morte de Agnes Tirop, aos 25 anos, que terminou em quarto lugar na prova olímpica dos 5.000 metros de Tóquio 2020 e que, há cerca de um mês, bateu o recorde mundial dos 10.000 metros em prova de estrada, exclusivamente feminina (30.01 minutos).
Depois dessa corrida, segundo o Daily Mail, Agnes Tirop disse estar “muito feliz por bater o recorde do mundo”. “O ritmo foi duro mas o meu corpo respondeu muito bem”, afirmou então.
Onde não terá respondido tão bem, ou pelo menos tão bem quanto as adversárias, foi nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, realizados este ano, onde não ganhou uma medalha por muito pouco. Mesmo com o melhor tempo da época (14.39.62 minutos), ficou atrás da super holandesa Sifan Hassan, da conterrânea Hellen Obiri e da etíope Gudaf Tsegay que cruzou a meta com 14.38.87, menos de um segundo antes da malograda Tirop.
A carreira de Agnes Tirop disparou quando a atleta queniana conquistou o título mundial de corta-mato, em 2015, aos 19 anos, tornando-se a segunda campeã mais jovem de todos os tempos.