O estado de saúde de Isabel II pode continuar a merecer preocupação mas a grande máquina de organização do Jubileu de Platina da monarca não abranda. Pouco a pouco, vão sendo conhecidos alguns planos previstos para o próximo verão. Um dia depois de a soberana ter falhado, devido a lesão muscular, a cerimónia que assinalou o Dia do Armistício, é revelado que a marca dos 70 anos no trono (que se espera seja alcançada no próximo dia 6 de fevereiro) será assinalada com três exposições, cada uma delas dedicada a um momento relevante no trajeto da Rainha: a ascensão, a coroação e ainda os jubileus anteriores.
O Palácio de Buckingham, o castelo de Windsor e o palácio de Holyroodhouse (três residências oficiais) serão os cenários destas mostras, que revelarão ao público diferentes elementos-chave no seu reinado, caso do vestido e manto usados no dia da sua Coroação, a 2 de junho de 1953, na abadia de Westminster, ou dos primeiros retratos oficiais registados enquanto soberana. Segundo o The Telegraph, que partilha alguns destes detalhes, os looks eleitos para a celebração do jubileu de Prata, Ouro e Diamante serão igualmente expostos — e claro que algumas peças de joalharia da coleção pessoal de Isabel II também verão a luz do dia.
Um dos pontos altos vai de facto para essas imagens recolhidas por Dorothy Wilding (1893-1976), que eternizou sua majestade a 6 de fevereiro de 1952, 20 dias depois de subir ao trono. São de Wilding, a primeira mulher fotógrafa ao serviço da família real, que fotografou em 1937, o rei Jorge VI e a Rainha Isabel, as imagens modernas e icónicas de Isabel II estampadas em vários selos em circulação, entre 1953 e 1971, bem como as fotos oficiais presentes em cada embaixada britânica pelo mundo.
No total, serão exibidas 24 de um total de 59 fotografias. “A mestria de Wilding na iluminação e nos simples fundos a preto e branco combinados com os vestidos elegantes e as joias reluzentes asseguram que estes retratos continuam a ser algumas das mais memoráveis imagens da Rainha”, explica ao The Standard a curadora Caroline de Guitaut.
Em Buckingham, palco do momento evocativo destinado à Ascensão, poderá também ser apreciada a tiara de diamantes que a Rainha Mary ofereceu à sua neta, a princesa Isabel, por ocasião do seu casamento com o príncipe Filipe, em 20 de novembro de 1947.
Já em Windsor, todos os holofotes apontam para a Coroação e para o visual imponente que ficará para sempre associado a este dia 2 de junho de 1953, com assinatura de Sir Normal Hartnell.
Finalmente, em Holyroodhouse, em Edimburgo, na Escócia, o destaque vai para as criações desfiladas por Isabel II em anteriores datas marcantes do seu longo reinado, como o vestido de chiffon rosa com desenho do costureiro real Sir Hardy Amies que a monarca usou para o serviço religioso na catedral de São Paulo, em Londres, em 7 de junho de 1977.
Espera-se que 2022 seja um ano cheio para os súbditos da soberana que subiu ao trono em 6 de fevereiro de 1952, com apenas 25 anos. Ao longo dos 12 meses, prevê-se que os membros da família real viajem pelo país, desdobrando-se em eventos que assinalarão as sete décadas ao serviço da coroa britânica, mas é no mês de junho que os festejos assumem especial força. Alargado foi o feriado entre terça-feira, dia 2, e domingo, dia 5 de junho, para que os quatro dias de celebração cheguem a todos.
A cerimónia do Trooping de Colour, que marca o aniversário da Rainha, o serviço religioso em São Paulo, a corrida de cavalos em Epsom Downs, ou o concerto especial que a BBC irá transmitir a partir do palácio de Buckingham, são alguns dos momentos previstos e já partilhados no site oficial da família real.
“Jubileu de Platina: A Ascensão da Rainha”, de 22 de julho a 2 de outubro de 2022, no Palácio de Buckingham; “Jubileu de Platina: A Coração da Rainha”, de 7 de julho a 26 de setembro, no Castelo de Windsor; “O Jubileu de Platina”, de julho e setembro de 2022, no palácio de Holyroodhouse