Tem o nome de Taça Intercontinental, estava resumido apenas à Europa, não chegou sequer a ser um duelo ibérico, tornou-se um clássico português que reeditava a final da última Liga Europeia – mas mantendo o nome de Taça Intercontinental, claro, ou não fosse esse o troféu em disputa apesar da dupla recusa dos últimos finalistas pan-americanos em 2019, o Leonardo Murialdo e o Centro Valenciano, em participar na competição. Assim, FC Porto e Sporting fariam o oitavo e nono jogos do ano civil, de novo por um título.
A primeira mão da prova jogava-se na noite desta sexta-feira no Dragão, com os azuis e brancos a jogarem em casa com os campeões nacionais e europeus na condição de líderes da fase regular do Campeonato e vencedores do único duelo relativo à época de 2021/22 (9-5). E não houve uma sem duas, com os portistas a conseguirem uma vantagem de três golos para o segundo jogo, no domingo, no João Rocha, ficando mais próximos de um troféu que, entre portugueses, apenas Benfica e Óquei de Barcelos ganharam.
O FC Porto teve uma entrada mais assertiva na partida, com Xavi Barroso a acertar no poste da baliza dos leões antes de Ângelo Girão ter travado no limite da linha de baliza um desvio oportuno de Gonçalo Alves após um primeiro remate de Carlo di Benedetto. O Sporting teve também uma bola no ferro por Romero nos cinco minutos iniciais mas seriam os dragões de novo a assumir mais o jogo depois de um desconto de tempo de Ricardo Ares, chegando à vantagem aos 15′ na sequência de um roubo de bola de Mena no início da construção dos visitantes (que pouco antes atirara ao ferro) e fazendo mesmo o 2-0 pouco depois numa grande iniciativa individual do capitão dos azuis e brancos, Reinaldo Garcia (18′).
A equipa portista conseguia uma vantagem que trazia outras condições para gerir a partida perante um Sporting com mais dificuldades para chegar à baliza de Xavi Malián mas um cartão azul a Mena iniciou a viragem até ao intervalo, com Romero a marcar o livre direto seguindo com a bola ao contrário do que é normal e a fazer o 2-1 (18′) antes do empate por Toni Pérez, a concluir ao segundo poste um grande passe de Ferran Font (20′). O descanso chegaria mesmo com a igualdade mas a ameaça de reviravolta a pairar no Dragão Arena depois de mais uma stickada do argentino Romero a acertar no poste (23′).
As contas tinham mudado mas a reentrada no rinque dos portistas voltou de novo a colocar os visitados por cima, com dois golos de rajada logo aos 27′ por Gonçalo Alves (remate de longe) e Carlo di Benedetto (em jogada individual com remate cruzado e rasteiro) que colocaram o resultado em 4-2 antes de Ângelo Girão travar um livre direto pela décima falta e uma grande penalidade de Gonçalo Alves (28′ e 31′). O Sporting ainda tentou reagir mas não conseguiu a mesma resposta do primeiro tempo, sofrendo mesmo mais um golo a cerca de seis minutos do final por Telmo Pinto após assistência de Rafa antes de Romero voltar a ser determinante para as aspirações verde e brancas, fazendo o 5-3 de livre direto após décima falta (48′) antes de Gonçalo Alves, em cima do último segundo da partida, aumentar para 6-3 após um livre direto marcado depois de os árbitros terem considerado que Ferran Font simulou uma falta de Carlo di Benedetto.