A polícia japonesa identificou este domingo um homem de 61 anos como o principal suspeito do incêndio, que causou 24 mortos numa clínica psiquiátrica, na sexta-feira, em Osaka. O governo anunciou também que vai inspecionar dezenas de milhares de edifícios, com apenas uma escada de emergência, em todo o país.

As autoridades disseram acreditar que o elevado número de mortos no incêndio, num edifício de oito andares no centro de Osaka, deveu-se, em grande parte, à impossibilidade de as pessoas acederem à única escada de emergência, devido às chamas e ao fumo.

A polícia de Osaka, que está a investigar o caso como fogo posto e homicídio, identificou o homem como Morio Tanimoto, que se encontra em estado grave, na sequência do incêndio na clínica, da qual era paciente. O suspeito não foi formalmente detido ou acusado, acrescentou. De acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo News, Tanimoto é um metalúrgico reformado.

O Ministro dos Assuntos Internos e Comunicações, Yasushi Kaneko, também responsável pela gestão de incêndios e catástrofes, disse que cerca de 30 mil edifícios comerciais com três ou mais andares, mas apenas com uma escada de emergência, vão ser inspecionados em todo o país. Kaneko acrescentou que vai criado um painel de peritos para discutir medidas de segurança.

Em 2019, 36 pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas num incêndio de origem criminosa no estúdio de animação de Kyoto. Em 2001, um incêndio de origem criminosa na zona de entretenimento Kabuchiko de Tóquio deixou 44 mortos.

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