Os ossos de cinco mamutes foram descobertos numa pedreira perto de Swindon, em Inglaterra, ao lado de ferramentas de neandertais feitas de pedra — como um machado de mão e um pequeno raspador usado para limpar a pele. Já os ossos pertenciam a dois animais adultos, a dois jovens e a uma criança.

As palavras não conseguem captar a emoção de ver uma presa de mamute ainda no solo, ou a sensação de estar num lugar com o potencial de mudar a forma como vemos os nossos parentes humanos mais próximos e a mega fauna da Idade do Gelo com a qual partilhavam o mundo”, destacou Lisa Westcott Wilkins, cofundadora da DigVentures, equipa de arqueólogos responsável pelas escavações, em comunicado.

Resta descobrir a razão pela qual aquele local é a casa de tantos restos de mamutes e se os mesmos foram ativamente caçados pelos ancestrais humanos. Os investigadores estimam que o local foi habitado por neandertais entre 210.000 e 220.000 anos atrás, antes da mudança abrupta das temperaturas.

Vestígios de um mamute de estepe também foram descobertos, incluindo ossos da perna e vértebras. Alguns deles atingiam cerca de 4 metros — os vestígios mostram como o corpo se adaptou à descida de temperatura.

Esperávamos inicialmente encontrar fósseis marinhos, mas, em vez disso, encontrar algo tão significativo foi uma verdadeira emoção“, referiu Sally Hollingworth, investigadora do DigVentures, no mesmo comunicado. Esta escavação é mote para o novo documentário da BBC apresentado por David Attenborough , que estreia esta quinta-feira. “Não poderíamos estar mais satisfeitos por ver que algo que descobrimos será aprendido e apreciado por tantas pessoas”, acrescentou a investigadora.

Ainda há muito mais para descobrir aqui”, garante Westcott Wilkins.  E, para fazer com que o público se sinta “uma parte do trabalho”, os arqueólogos do DigVentures, que vão continuar a investigação, estão a planear lançar um projeto chamado PalaeoPixels para integrar adolescentes nas pesquisas.

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