O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN), antigo PDR, apresenta-se às eleições legislativas de 30 de janeiro como uma “lufada de ar fresco” para os eleitores e quer “dar força à classe média”.

Em entrevista à agência Lusa, Bruno Fialho, presidente do ADN, diz que o partido concorre para “dar uma alternativa aos portugueses” e ser “uma lufada de ar fresco” na política, estabelecendo como objetivo a constituição de um grupo parlamentar com a eleição de três deputados, pelos círculos do Porto e Lisboa.

No entanto, para o ADN, o “principal não é o resultado”, mas sim conseguir transmitir a sua mensagem na campanha que será “inovadora e uma surpresa”.

Se conseguimos passar a mensagem os portugueses pode ser que acordem e daqui a dois, três, quatro anos, não sabemos quanto tempo durará esta legislatura, estaremos cá para dizer podem confiar em nós, nós mantemos as posições que sempre defendemos, disse.

Quanto ao programa eleitoral, “ainda não está fechado” porque o ADN recusa “aquelas promessas eleitorais banais que são feitas por todos os partidos” e quer “ser diferente” e “uma alternativa para que as pessoas tenham outra vez fé e acreditem na política”.

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Ainda assim, Bruno Fialho aponta que “ponto forte” do programa político do partido passa por “voltar a dar força à classe média, que é a única que permite o desenvolvimento do país”.

Entre outras medidas, o ADN defende o aumento dos salários, o alargamento da licença de parentalidade para o mínimo de um ano, uma justiça tendencialmente gratuita, a exclusividade dos médicos do Serviço Nacional de Saúde e a transferência “de serviços para privados, nomeadamente a nível autárquico”.

No que toca à situação pandémica, o líder do ADN critica a gestão feita até agora pelo governo de António Costa, que considera ser “péssima” e defende que a “liberdade está em perigo”, apontando que o discurso do Governo e dos partidos “não é a favor das pessoas, é a favor do medo”.

Bruno Fialho manifestou-se contra a apresentação de certificados digitais para entrar nos espaços e considerou que a vacina contra a Covid-19 “nem sequer é uma vacina”.

“Quem quiser, tem todo o direito em proteger-se, tem todo o direito em utilizar todos os recursos que o Estado diz que existem, agora não pode é obrigar as outras pessoas a fazê-lo”, afirmou.

Em setembro, o Tribunal Constitucional aceitou as alterações referentes ao nome, estatutos, sigla e símbolo do antigo PDR. Sobre o que mudou no partido além da imagem, o presidente afirmou que se tornou “mais intervencionista”, mais “próximo dos cidadãos”.

É o que queremos fazer, queremos dar oportunidade às pessoas também de verem que o ADN pode ser uma boa plataforma para as pessoas que nunca estiveram na política abraçarem projetos de cidadania em que consigam alterar o rumo dos acontecimentos que vivemos, acrescentou.

O agora ex-PDR foi fundado em 5 de outubro de 2014 pelo antigo bastonário da Ordem dos Advogados Marinho e Pinto, que foi substituído na liderança do partido por Bruno Fialho, em 2020. Nas últimas eleições legislativas, em 2019, o PDR conseguiu 11.761 votos (0,22%).