Os lucros da Navigator aumentaram, no ano passado, 57% para 171 milhões de euros, num ano que foi de “recuperação do consumo de papel”, mas também “marcado por um forte aumento de custos”, de acordo com um comunicado divulgado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No mesmo período, o volume de negócios da empresa aumentou 15% para 1.596 milhões de euros, segundo a mesma nota.

As vendas de papel representaram 72% do volume de negócios, as de pasta 11% as de tissue 9% e as de energia 8%.

A Navigator atingiu um EBITDA de 355 milhões de euros, mais 24,2% que em 2020, quando fez 285,5 milhões de euros.

Durante 2021, os preços foram sendo aumentados. “A evolução positiva do preço de venda ao longo de 2021, nomeadamente durante o segundo semestre, coloca o preço de venda médio do ano acima do registado em 2020 (+6%), comparando também favoravelmente com a evolução anual do índice de referência europeu (+1%)”, diz a Navigator em comunicado, acrescentando que “o esforço na implementação dos aumentos de preço realizados ao longo do ano permitiu a maior evolução dos preços de venda de janeiro a dezembro de que há registo na história da Navigator, tanto globalmente como nos principais mercados em que operamos”.

O que permitiu compensar o crescimento nos custos. “Ao longo do ano destaca-se uma evolução negativa dos custos de produção em cerca de 20 milhões, penalizados essencialmente pelo aumento de custo da madeira, por via de uma maior predominância de madeira extra-ibérica, e também pelo aumento do custo das fibras externas, da energia e dos químicos”, além do agravamento dos custos de logística em 30 milhões e da subida dos preços de energia elétrica e gás natural.

Vai ser proposta a distribuição de 0,1406 euros por ação na assembleia geral de acionistas, num total de 100 milhões.

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