O navio-tanque “São Jorge”, que encalhou na Graciosa, Açores, vai ser rebocado durante o “final da tarde” ou “início da noite” desta quinta-feira, estando previsto chegar na sexta-feira à Praia da Vitória, Terceira, revelou esta quinta-feira a Marinha.
“Após as perícias ao casco do navio-tanque “São Jorge” e concluídos os trabalhos de tamponamento e escoramento pelos mergulhadores da Marinha portuguesa, está previsto iniciar-se, durante o final da tarde ou início da noite, o reboque do navio para a Praia da Vitória”, adianta a Marinha em nota de imprensa.
A operação vai continuar a ser acompanhada pelo navio NRP Setúbal e por duas equipas da Brigada de Intervenção Rápida de Combate à Poluição (BIRPOL), da Autoridade Marítima Nacional, para “prevenir eventuais derrames” de combustível “que possam ocorrer”.
O acidente com o navio ocorreu cerca das 00h34 locais de terça-feira (01:34 em Lisboa), poucos minutos após ter saído do Porto da Praia da Graciosa, tendo embatido com o casco, o que levou à imobilização da embarcação que deveria ter atracado em São Roque do Pico.
Este navio faz o abastecimento de combustíveis às ilhas do grupo central (Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial) e Flores.
“O trabalho conjunto entre a Marinha, a Autoridade Marítima Nacional, a autoridade portuária local e o armador do navio garante a continuidade das operações em segurança. Prevê-se que a chegada do navio-tanque “São Jorge” ao porto da Praia da Vitória, na Terceira, ocorra amanhã [sexta-feira], dia 11 de fevereiro”, conclui a Marinha.
Numa nota divulgada na terça-feira, a Portos dos Açores explicou que o acidente provocou “extensos danos nos propulsores e costado do navio“, o que levou à “entrada de água na casa das máquinas“, situação que “foi contida, por selagem”.
Foram ainda “selados todos os tanques de combustível, contendo gasóleo e gasolina, garantindo-se preventivamente o perigo de acidente ambiental, junto à costa”, adiantou a Portos dos Açores, que ativou internamente o Plano de Segurança.
Na terça-feira à tarde fonte da Transinsular garantiu à Lusa que o acidente não vai originar “nenhuma falha de combustíveis” na região.