Um incêndio consumiu na manhã deste domingo parte do 3º andar de um edifício no centro de Lisboa, provocando três feridos. O fogo deflagrou ainda antes das 8h na rua Nova do Desterro, em Arroios.
Os três feridos foram levados para o hospital de São José para serem assistidos por inalação de fumo — não estão em estado grave.
À Rádio Observador, os Bombeiros Sapadores de Lisboa explicaram que receberam o alerta por volta das 8h, tendo dado o incêndio como extinto meia hora depois. As chamas consumiram parcialmente o andar onde o fogo começou, mas não se propagaram para os outros andares do prédio.
O incêndio está agora em fase de rescaldo, tendo os restantes moradores sido retirados do edifício.
Segundo os bombeiros disseram à Agência Lusa, um dos feridos é uma idosa de 96 anos, moradora do terceiro andar esquerdo do prédio de quatro pisos onde se iniciou o fogo, tendo a habitação ficado “sem condições de habitabilidade”.
Os outros dois feridos são uma mulher de 68 anos e um homem de 44 anos, também moradores no prédio, mas sem registo de danos significativos nas suas habitações, referiu fonte do RSB.
O prédio encontra-se sem eletricidade e sem gás, informaram os bombeiros, sem indicação de quando será reposta a energia, acrescentando que os moradores já regressaram às habitações após serem informados dos cuidados a ter.
Causas do incêndio ainda por apurar
Sobre as causas do incêndio, o RSB não tem informação.
Fonte da PSP disse à Lusa que a causa provável do incêndio tem a ver com “um cobertor elétrico no quarto da idosa”, assegurando que “não há indícios de crime”.
Em declarações à agência Lusa, a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, Margarida Castro Martins, confirmou que a habitação da idosa de 96 anos “ficou inabitável”, revelando que a moradora tem “nacionalidade espanhola” e “estava bem, mas foi transportada por precaução ao Hospital de São José”.
“A assistente social de serviço à urgência no Hospital de São José vai dar seguimento à situação e resposta à necessidade de realojamento junto da rede social de parceiros da cidade”, indicou Margarida Castro Martins, adiantando que os outros dois feridos encontram resposta junto da família, ainda que possam voltar às casas, mas “preferem sair por uns dias até reposição do gás e eletricidade”.
Os restantes moradores voltaram às suas habitações e a administração do condomínio está a tratar das diligências para repor a normalidade, referiu a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, acrescentando que a maioria do edifício é ocupada por proprietários ou inquilinos, duas frações têm hóspedes e uma é de alojamento local, sem dispor de informação do número total de residentes.
Relativamente ao estado do prédio após o incêndio, Margarida Castro Martins afirmou que “à partida não há grandes danos estruturais”, porque o fogo foi “muito circunscrito ao terceiro esquerdo”, mas na segunda-feira vai ser feita uma vistoria para avaliação do estado de conservação do edifício.