A Seat teve um prejuízo de 256 milhões de euros em 2021, mais 32% do que o registado no ano anterior, que se cifrou em 194 milhões de euros.

Este resultado financeiro negativo é justificado pela Seat pela quebra no volume de negócios resultante da falta de semicondutores, refere o fabricante automóvel em comunicado.

A empresa enquadrou estes resultados no contexto de um ano “inesperado”, uma vez que esperava “recuperar o caminho” da rentabilidade, após um “2020 difícil”, causado pelo impacto da pandemia de Covid-19.

Apesar das limitações de produção, as duas marcas da empresa, Seat e Cupra, voltaram aos níveis pré-pandemia, sendo que as entregas aumentaram mais de 10%, passando de 427 mil em 2020 para 471 mil carros no ano passado.

A Seat referiu ainda que teve um resultado operacional negativo de 371 milhões de euros no ano passado, o que compara com -418 milhões do ano anterior, e um prejuízo após impostos de 256 milhões de euros.

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O volume de negócios aumentou, por sua vez, para 9.256 milhões de euros (+5,4%), enquanto a receita média por veículo atingiu 16.850 euros, quase 480 euros a mais do que em 2020, adianta.

Sobre as perspetivas para este ano, a Seat alerta para a “tempestade perfeita” que se aproxima devido à falta de semicondutores e os efeitos que a guerra na Ucrânia pode ter, já que paralisaram várias fábricas do grupo alemão Volkswagen, onde são produzidos os modelos Seat e Cupra.

O vice-presidente para área das Finanças e TI da Seat, David Powels, explicou, por seu lado, que, apesar dos prejuízos contabilizados, a empresa continua com o compromisso de investir.

No ano passado, investiu mais de 900 milhões de euros em Investigação & Desenvolvimento (I&D) e em despesas de investimento, isto é, mais 7% que no ano anterior.