Primeiro fator de desempate, o tempo. Empatados. Segundo fator de desempate, os pontos. Empatados. Só mesmo através do terceiro fator de desempate foi possível criar uma decisão, com Nairo Quintana a ficar no primeiro lugar empatado com João Almeida por ter um acumulado de classificações nas etapas. E com uma outra curiosidade: se houvesse um contrarrelógio como no ano passado em Banyoles (18,5km), que conferiu ao português a camisola amarela, existiriam décimas de segundo para promover de outra maneira o tal desempate (que dificilmente também iria surgir, tendo em conta a vantagem nesse tipo de etapa em relação ao colombiano. Assim, as últimas três etapas da Volta à Catalunha poderiam ser sempre um prolongamento da atual classificação ou uma caixa de surpresas pronta para a abrir. A começar pela quinta tirada que se realizava esta sexta-feira, com uma ligação de mais de 200 quilómetros até Vilanova i la Geltrú.
“Estou muito feliz. Vínhamos a trabalhar duro há tanto tempo… Não tenho tido muita sorte esta época, hoje tive um azar, um problema mecânico no início, por momentos estive de fora, mas estou super feliz por conseguir vencer. Antes da última subida, pedalei ao meu ritmo e, no fim, sprintei para a vitória. Temos uma grande equipa, há ótimos corredores, muitos podem vencer. Houve essa possibilidade, jogámos as cartas e, no fim, vencemos. Podemos lutar pela vitória na Volta à Catalunha mas há etapas duras pela frente, especialmente a última. Até agora, estamos felizes e pensaremos nisso no futuro”, comentara o português após o triunfo na chegada a Boí Taüll, na melhor exibição do ano que trouxe também o primeiro triunfo pela UAE Team Emirates e uma espécie de “alívio” até pela estratégia perfeita que a equipa teve desta vez.
“Na Paris-Nice tive alguns azares mas na Catalunha está a correr muito melhor e até ao final tudo é possível. A corrida só acaba no domingo e as contas vão fazer-se em Barcelona. Último quilómetro? Tinha a situação controlada e já previam que iriam atacar. Naquele período deu para respirar, chegar-lhes à roda, controlá-los. Quando ataquei na reta da meta foi para chegar à vitória. Este triunfo, o primeiro pela nova equipa, já me estava a fazer falta para levantar moral. Vou lutar para manter o primeiro lugar na juventude e tentar vencer a geral mas o Quintana e o Higuita pensam como eu…”, acrescentou ao jornal A Bola.
???? ???? @JooAlmeida98 : “I’m super happy. I’ve been working for this for a long time. Today I had some bad luck at the beginning but I felt really good at the end.”
???? Our Portuguese takes big win in #VoltaCatalunya101 : https://t.co/9s1kDvqj9B#UAETeamEmirates #WeAreUAE pic.twitter.com/9n7BZpKLk3
— @UAE-TeamEmirates (@TeamEmiratesUAE) March 24, 2022
A diferença para já era de 67 pontos, entre os 47 de Quintana (25.º, 17.º, 3.º e 2.º nas etapas) e os 114 pontos de Almeida (73.º, 35.º, 5.º e 1.º). E tinha três formas de ser anulada: ou chegando à frente do colombiano a ganhar tempo sem ser no pelotão; ou a ganhar segundos em bonificações durante a etapa ou na chegada; ou, a mais difícil, a anular essa diferença que existia entre posicionamentos na etapa. Esta sexta-feira, a título de exemplo, existiriam dois sprints bonificados perto da meta em Vilanova i la Geltrú; no sábado voltam a aparecer mais duas bonificações a seguir a montanhas de segunda categoria; no domingo, o final da prova em Barcelona apesar de ter menos de 140 quilómetros envolvia seis subidas a Montjuic.
???????? L'equip @TeamEmiratesUAE, millor equip de la #VoltaCatalunya101 a la 4a etapa!
???????? Team @TeamEmiratesUAE, best team after #VoltaCatalunya101 fourth stage!@CorreosExpress#ComprometidosContigo #ComprometidosComoEquipo pic.twitter.com/5RKSjoc66T
— Volta a Catalunya (@VoltaCatalunya) March 25, 2022
Havia três dias para isso, foi logo no primeiro. No arriscar e no petiscar: após um primeiro sprint intermédio para os três fugitivos do dia, todas as equipas que têm corredores na frente colocaram as suas unidades na luta por esses segundos e a UAE Team Emirates saiu como grande vencedora, com Rui Costa a passar em segundo (que tinha de ser, para lançar o companheiro de equipa sem conseguir depois “travar”) e João Almeida a ser terceiro, conseguindo assim ganhar o segundo que lhe permitiu passar Nairo Quintana e ficar com a liderança da prova por esse curta margem quando faltam apenas duas tiradas para o final.
Nairo Quintana perdió el liderato de la Vuelta a Cataluña con Joao Almeida, que logró una bonificación de un segundo en un esprint intermedio en la etapa 5. Quedan dos etapas de media montaña.pic.twitter.com/EYEkVHO9ms
— Alfonso Hernández (@AlfonsoH) March 25, 2022
Ethan Vernon, da Quick-Step, ganhou a etapa ao sprint, batendo Phil Bauhaus (Bahrain) e Dorian Godon (AG2R Citroën Team), sendo que Ivo Oliveira, o terceiro português da UAE Team Emirates, entrou no top 10 da etapa ficando em oitavo com o mesmo tempo do vencedor. João Almeida e Nairo Quintana chegaram integrados no pelotão, com o português a acabar em 25.º e o colombiano a terminar em 32.º.
???? El resum amb els millors moments de l'Etapa 5 de la #VoltaCatalunya101. @EthanVernon22 guanya en l'sprint a @ajuntamentvng, i @JooAlmeida98 assalta el liderat!
???? ¡Los mejores momentos de la Etapa 5 de la #VoltaCatalunya!
???? Stage 5 highlights! pic.twitter.com/cuA8FPetCG
— Volta a Catalunya (@VoltaCatalunya) March 25, 2022