A empresa portuguesa de cibersegurança VisionWare está a instalar polos nas ilhas cabo-verdianas de Santiago e de São Vicente, que até ao Verão vão empregar até 30 pessoas a trabalhar para todo o mundo, disse à Lusa o diretor-executivo.
“A VisionWare tem vindo a crescer bastante nos últimos cinco anos, crescemos imenso, até porque tema da cibersegurança também passou a ser uma obrigatoriedade”, justificou Bruno Castro, em declarações à Lusa na cidade da Praia.
“Decidimos estrategicamente abrir um polo de competências na Praia [Santiago] e um no Mindelo [São Vicente]”, anunciou o diretor-executivo da VisionWare, empresa líder na área da cibersegurança, fundada em 2005 em Portugal e que conta com mais de 100 empresas como clientes em todo o mundo.
Em Cabo Verde, a VisionWare tem atividade desde 2007, apoiando, na área dos serviços de cibersegurança, empresas do setor financeiro, seguros e o Estado, entre outras.
“O mesmo modelo que temos em Portugal ou na Europa temos replicado em Cabo Verde e, portanto, temos o mesmo tipo de operação em termos de morfologia de empresas, é idêntica. O que tem vindo a acontecer é que nós temos mantido esta operação durante 15 anos constantemente de forma estável e aplicando as mesmas regras que aplicamos na Europa, com imenso sucesso”, reconheceu.
No processo de instalação da atividade a partir de Cabo Verde, a empresa portuguesa já concluiu a primeira fase de recrutamento, com seis elementos no que será o polo da Praia, já a partir de abril, e que irá aumentar para 20 elementos, antes de abrir o polo do Mindelo, o passo seguinte para os próximos três meses.
“Iremos ter aqui dois polos de competências operacionais em que as pessoas serão formadas em Portugal ou via Portugal para poderem operar de Cabo Verde para a Europa, América Latina, envolvendo outras geografias em África e por aí fora”, garantiu Bruno Castro, reconhecendo a qualidade dos técnicos cabo-verdianos em recrutamento e que vão trabalhar de “forma transversal” todas as geografias onde a VisionWare opera.
“Vão trabalhar normalmente como se fosse um outro polo, como os que temos em Portugal, no Porto e em Lisboa”, acrescentou.
O objetivo, disse ainda, é que os dois polos estejam em operação em Cabo Verde até ao início do verão, com até 30 pessoas a trabalhar nas várias áreas, apenas para clientes fora do arquipélago, para reduzir riscos face à reduzida dimensão do país.
Bruno Castro destaca o “perfil humano” dos cabo-verdianos a par da competência técnica para justificar esta aposta em Cabo Verde.
“E é possível fazê-lo devido também à nossa convivência aqui durante os últimos 15 anos”, sublinhou.